O segredo figurativo das ilusões.
Sou um pedaço torto dentro da vossa imaginação, o que está dentro de ti, me faz cair no chão, as vezes penso que estou preso no solo desértico de suas intuições.
O que escrevo me leva a ilusão, sou parte do vosso abismo, o oxigênio do vosso sangue produz a minha saturação.
Vivo sem percepção, os vossos sinais fazem a minha materialidade ser irreal.
O vosso mundo é a minha abstração, o meu caminho não tem trilhos, ando como se não tivesse destinação.
A vossa imoralidade é a minha sensualidade, dentro da minha cognição está a vossa tempestade.
Vivo a temporalidade sem saber o que é normal, não sei discernir o real do irreal, preso em uma parede como se fosse a caverna platônica.
Terrível o meu mundo abstrato, sinto no peito a vossa iluminação, entretanto, a sua luz é escuridão.
Deste modo, me sinto alucinado, a minha vida é a decadência da vossa racionalidade.
O teu enlevo é o mal que me leva a prisão, sou o soluço da vossa voz, a imoralidade dos trovões.
Estou dividido entre o ser e o não ser, deste modo, dissolvo-me em vosso caminho, como se você fosse o meu fundamento.
A minha moralidade é o seu instante, sem sapiência tenho medo da vossa sombra, sua voz é muito forte.
Portanto, o tempo todo procuro a cura das mensagens indecentes, as suas recomendações, o vosso cheiro é imperceptível , a sua presença apavora-me, todavia, a minha vida não tem perspectiva.
Você é a representação das minhas ilusões.
Não tenho mais esperança, não consigo ter discernimento, a vossa pessoa engana-me embaraço em mil utopias.
Sigo a vossa presença desde criança, acho que não tem mais solução, a tempestade é imensa, sou a vossa imagem, o caminho não teve início, hoje estou preso em sua encruzilhada.
Desta forma, sou o peso da vossa culpa.
Edjar Dias de Vasconcelos.