E epistemologia da incompreensão.

A condição fundamental do conhecimento, a lógica dialética da incompreensão, como é de fato a estruturação da cognição, o funcionamento do cérebro.

Deste modo, o que é a hermenêutica, o método como verdade, quando são múltiplas as interpretações, a mecanicidade estrutural de cada memória cognitiva.

De Nietzsche a Foucault, o entendimento a subjectivação cultural, quando a análise é de algum modo ideologia.

Está inerente a compreensão a incompreensão, o ato de compreender implicitamente a sua pre condição, o cérebro trabalha com a parcialidade como se fosse a globalização.

O que é o saber, em síntese o anti saber, imerso na linguagem, o mundo estabelece o entendimento substanciado na razão logocêntrica

O cérebro sempre orientado previamente por condicionamentos antecipados, deste modo, funciona a razão, como anti lógica.

Assim sendo, a linguagem substancia-se a estrutura da pre-compreensão, o saber efetiva-se pela antecipação.

Motivo pelo qual a memória cognitiva é sempre a inadequação do saber, qual a certeza da verdade que podemos ter, a realização parcial do engano.

Com efeito, o conhecimento obtido, continuamente, remete-se a novos pre condicionamentos, na formação a fortiori das antíteses na composição das novas proposições.

Quando formulamos imediatamente a tese, a sua antecipação, na possibilidade da compreensão, sendo que toda resposta sustenta-se no pre entendimento, seja qual for o método, hermenêutico ou indutivo.

Razão pela qual a alienação apofântica do espírito, motivo pelo qual o entendimento incompleto das memórias prepositivas.

O que podemos saber epistemologicamente, apenas o fragmento subjetivo e ideológico, como produção cultural no mundo pós contemporâneo.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 18/10/2020
Reeditado em 18/10/2020
Código do texto: T7090358
Classificação de conteúdo: seguro