E epistemologia da incompreensão.
A condição fundamental do conhecimento, a lógica dialética da incompreensão, como é de fato a estruturação da cognição, o funcionamento do cérebro.
Deste modo, o que é a hermenêutica, o método como verdade, quando são múltiplas as interpretações, a mecanicidade estrutural de cada memória cognitiva.
De Nietzsche a Foucault, o entendimento a subjectivação cultural, quando a análise é de algum modo ideologia.
Está inerente a compreensão a incompreensão, o ato de compreender implicitamente a sua pre condição, o cérebro trabalha com a parcialidade como se fosse a globalização.
O que é o saber, em síntese o anti saber, imerso na linguagem, o mundo estabelece o entendimento substanciado na razão logocêntrica
O cérebro sempre orientado previamente por condicionamentos antecipados, deste modo, funciona a razão, como anti lógica.
Assim sendo, a linguagem substancia-se a estrutura da pre-compreensão, o saber efetiva-se pela antecipação.
Motivo pelo qual a memória cognitiva é sempre a inadequação do saber, qual a certeza da verdade que podemos ter, a realização parcial do engano.
Com efeito, o conhecimento obtido, continuamente, remete-se a novos pre condicionamentos, na formação a fortiori das antíteses na composição das novas proposições.
Quando formulamos imediatamente a tese, a sua antecipação, na possibilidade da compreensão, sendo que toda resposta sustenta-se no pre entendimento, seja qual for o método, hermenêutico ou indutivo.
Razão pela qual a alienação apofântica do espírito, motivo pelo qual o entendimento incompleto das memórias prepositivas.
O que podemos saber epistemologicamente, apenas o fragmento subjetivo e ideológico, como produção cultural no mundo pós contemporâneo.
Edjar Dias de Vasconcelos.