Karl Marx a religião como ópio do povo, o fundamento da miséria humana.
A religião é uma espécie de droga, com efeito, anestésico, o indivíduo precisa de Deus para suportar a tragédia do liberalismo econômico, hoje neoliberalismo.
O homem na miséria sem Deus, fica desesperado, apavorado, a promessa do paraíso é a esperança da vida real sem perspectiva econômica.
Portanto, é fundamental anestesiar a cognição, contrariamente, a pessoa se mata, não suporta a dor da miséria.
Deste modo, a ideologia divina é a misericórdia da pobreza, uma vida sem futuro faz o homem deixar de ser humano, tem apenas o formato sapiens.
Com efeito, de tal modo, quando a sociedade é extremamente pobre, não há possibilidade de transformação social, a pobreza social leva necessariamente a ignorância epistêmica.
Só há uma esperança para miséria, Deus, o pobre na miséria, não quer o Jesus Cristo libertador, todavia, busca o Deus opressor.
A crença em Deus funciona como ópio, o homem faz a religião, entretanto, a religião não faz o homem, todavia, destrói o mesmo justificando a dominação.
A miséria religiosa é a representação da condição humana, a religião é o suspiro da criatura oprimida, a vida real precisa de ilusões, então o paraíso oferecido pela fé é a negação da vida real.
Deste modo, como a religião justifica a opressão na medida que transfere o presente para o futuro na formação enganosa do espírito, oferecendo o paraíso, compensando a vida perdida na pobreza.
Desta forma, o homem se ilude com Deus, então o homem desenvolve a crença fundamentada em sua tragédia.
O consumo da religião como droga torna-se necessário, contrariamente, o cidadão não suporta a própria doença proveniente do capitalismo, sendo que o referido, nasceu para produzir a pobreza.
Tanto é verdade que em 300 anos de capitalismo, o Estado político só produziu pobre.
Portanto, Deus é uma terapia para o pobre suportar a vida na miséria, essa é a lógica do pentecostalismo.
Com efeito, a religião como ópio do povo é fundamental suportar a desgraça humana provocada pelo liberalismo.
A vida é tão ruim para o pobre, desta forma ele precisa de Deus, sem o referido o cidadão comum suicida-se.
A miséria provoca sofrimento, apenas Deus na alienação do espírito salva o homem, entretanto, o homem salvo pelo ópio transforma-se em abobado.
O pobre alienado metafisicamente, acreditando em Deus passa odiar os libertadores, a razão do ódio as forças políticas progressistas.
Com efeito, a religião é o espírito de um mundo sem espírito, Deus o fundamento do auto engano, o citado é apenas a ilusão de uma mentira política.
Portanto, Deus na sociedade de mercado justifica a opressão, transformando desgraça em virtude, o pentecostal pobre imagina vou perder esse mundo, entretanto, ganharei o outro que é eterno.
A religião é produto da desgraça humana, reflexo da opressão, do espírito sem alma.
Com efeito, a religião é a revelação de um mundo sem coração, sendo a religião o fundamento das condições espirituais para os homens suportarem a opressão.
Edjar Dias de Vasconcelos.