Como fazer para saber quem é o seu inimigo.

O homem é a sua ideologia, o seu cérebro formatado, todo homem é a estrutura de sua memória cognitiva.

Motivo pelo qual o homem é dissimulado e essencialmente enganador, do ponto de vista da racionalidade da cognição.

O cérebro é dependente do próprio cérebro, sendo que todo cérebro é viciado, deste modo, a memória cerebral protege a si mesma.

Com efeito, quando estabelecida a cognição, o homem passa ser exatamente o seu mundo linguístico.

Assim sendo, todo homem é previsível, se deseja saber de um homem, procure conhecer seu mundo ideológico.

Todo homem cognitivamente é exatamente igual, o que faz um homem ser diferente de outro homem, tão somente sua memória formatada.

Quando estabelecida a memória substanciada, o homem age tal qual é a ideologização do seu cérebro.

Portanto, não se iluda com ninguém, nem mesmo com a sua pessoa, importante entender como funciona o cérebro sapiens em sua própria defesa.

Deste modo, o homem não consegue ser bom ou ruim, contrariando o fundamento do substrato de sua memória estabelecida.

Isso significa que um juiz de direita jamais será complacente a um réu supostamente de esquerda.

Do mesmo modo, seu antagonismo, assim funcionam as proposições, a memória obedece seu princípio de identidade.

Com efeito, é desta forma, na relação sexual, no mundo religioso, político, jurídico, em todos aspectos da vida.

O que é a razão, a dissimulação do princípio de identidade, através da racionalização como fundamentação em defesa da memória logocêntrica.

Portanto, o cérebro não consegue descumprir suas ordens, não espere misericórdia do seu antagonismo.

Quer conhecer um homem, conheça suas ideologias, o indivíduo age tão somente em consonância com a sua estrutura ideologica de memória, se a pessoa tem uma ideologia neoliberal, jamais procederá em proteção aos pobres.

Deste modo, consecutivamente, sendo um social liberal de convicção defenderá o desenvolvimento econômico com a distribuição da renda.

A ideologia funciona de igual modo, em todos campos psicossociais, o homem é a efetivação de suas motivações sem ter consciência do mecanismo automático que impõe a realização dos seus desejos.

Com efeito, a racionalidade é praticamente um disfarce, conheça a memória do seu antagonismo, use da ideologia do seu inimigo na formulação de sua defesa.

Edjar Dias de Vasconcelos.