Como o cérebro constrói o pensamento na funcionalidade da percepção.
O homem é o seu cérebro a funcionalidade estrutural do mundo linguístico.
O homem é o cérebro, tal qual está estruturada a memória cognitiva, age em sintonia com suas motivações ideológicas.
Deste modo, o sapiens não consegue ser independente da sua razão logocêntrica, portanto, o homem é inteiramente previsível, é assim, o cérebro neuro cientificamente.
A memória é essencialmente deformada pelo fato de ser produto da estruturação holística da mente, não tem como ser diferente.
A psicanálise já resolveu a questão, o cérebro não consegue negar o próprio cérebro, no sentido de tomar alguma decisão contrária a estruturação do referido.
Deste modo, o homem é a hermenêutica de sua ideologia, todo homem a princípio tem várias ideologias, quando o homem não tem ideologias, ele é manipulável em todos aspectos.
Com efeito, quando o homem tem ideologias ele é dominado através de suas ideologias, não há o homem neutro cognitivamente, homem é produto do cérebro alienado.
Com o efeito, o homem não consegue agir com retidão de carater, quando a ação exigida ferir seu princípio ideológico, de tal modo, a racionalidade funciona hermeneuticamente na defesa do princípio ideológico e não da integridade do carater.
Não tem como o homem sair do mundo ideológico, não ter uma ideologia, significa ter outras, assim sendo, melhor compreender como funciona o mundo ideológico.
Estou referindo o cérebro do ponto de vista da sua formação fenomenológica, as ciências do espírito, no uso da exegese através da hermenêutica, na fundamentação da teoria da percepção.
Qualquer entendimento é essencialmente ideológico, entretanto, existem dois fundamentos epistemológicos, sendo que o primeiro, sustenta-se na lógica formal dedutiva, o suposto erro está nas contradições das proposições.
Para Kant o conhecimento é o resultado de uma síntese entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido, entretanto, o sujeito conhece a partir da sua cognição elaborada, de tal modo, que o saber é uma projeção do cérebro constituído a priori.
Sendo assim, não é possível conhecer as coisas em si mesmas, o denominado ser em si, só conhecermos as coisas como as percebemos, o ser para nós.
Com efeito, a percepção é uma ilusão da memória cognitiva estruturada, a verdade é a hermeneutização da ideologia.
Como muito bem refletiu Nietzsche, não existem verdades, pois as mesmas são invenções culturais, a reprodução da cognição ideologizada, existem apenas interpretações.
Foucault seguidor de Nietzsche e criador do mundo pós contemporâneo, definiu a verdade, como histórica, relativa, subjetiva, política e ideológica.
Portanto, para Foucault a fenomenologia na fundamentação da verdade hermenêutica, apenas a expressão da incompreensão no sentido da exegese da percepção.
A percepção hermenêutica não representa a verdade objetiva, tão somente um equívoco cultural ideológico.
Razão pela qual a verdade é apenas subjetiva, cada um tem sua verdade, como produção pós contemporânea, este é o tempo em que vivemos, um mundo sem verdades, apenas ideologias.
Deste modo, a verdade só será possível através do método indutivo, no campo empírico, aplicado as ciências da natureza, tais quais: Química, Física e Biologia entre outras ciências naturais.
Edjar Dias de Vasconcelos.