O ódio brasileiro, produto do racismo estrutural entre brancos, negros e miscigenados.
O ódio brasileiro é uma ideologia política que resultou da colonização portuguesa, teve início quando a colonização optou pelo desenvolvimento da colônia em função da metrópole, com o uso da mão de obra escrava.
O escravo historicamente não era considerado como pessoa humana, semelhante a um animal, sequer tinha alma.
Portanto, a vida do escravo pertencia ao seu dono, como o boi ao fazendeiro.
O branco sempre teve pelo escravo, hoje os descendentes de africanos o mais absoluto repúdio.
Com efeito, os negros vieram para o Brasil para servirem a elite branca, de tal modo, que o fenômeno do racismo, é histórico, estrutural, cultural, político e ideológico.
A ideia que o negro por natureza não presta vem da sociedade escravocrata, ainda hoje faz parte do inconsciente coletivo da classe dominante.
Deste modo, a ideologia que justificava a escravidão, hoje a miserabilidade dos excluídos, os miscigenados.
Com efeito, psicologicamente neste instante manifestada no inconsciente coletivo nos descendentes de europeus que os pobres não são bons, pelo fato de serem miscigenados, os descendentes de escravos.
A elite branca acha absurda uma sociedade política da inclusão, pois o negro historicamente no Brasil nunca teve tal perspectiva, sempre cumpriu função social de marginalidade produtiva.
Entretanto, a elite brasileira jamais teve tanto ódio aos pobres como recentemente, como explicar o referido fenômeno?
Pela primeira vez na história deste país as classes marginais se organizaram através de um partido político com objetivo da inclusão social.
Assim sendo, explica o ódio que a elite branca tem do PT e do Presidente Lula, as classes marginais conscientes e organizadas não aceitam mais serem vítimas do desenvolvimento do capitalismo, os explorados.
Os miscigenados não querem o socialismo, buscam a inclusão no capitalismo, exatamente o conflito propulsor do racismo, a luta política entre as forças progressistas, direita e extrema direita.
A elite branca tem medo de perder seus privilégios, motivo pelo qual o Lula foi apresentado socialmente como um grande bandido, Lula tem o rosto do miscigenado, produção do anti marketing político.
Fundamental acabar com a perspectiva da inclusão social, pois prejudica o bem estar social da elite, os miscigenados não podem ter ascensão social no capitalismo.
Desta forma, nasceram a direita e a extrema direita, duas tendências políticas defensoras do moralismo ético, como se a classe dominante fosse ética e não corrupta.
Só um abobado culturalmente ou um pentecostal fanatizado para acreditar na honestidade ética da direita ou extrema direita.
Criaram o conceito que a esquerda é por natureza marginal, pois é constituída por miscigenados, em seguida desenvolveram a ideologia da defesa da moralidade.
Entretanto, como o próprio pobre é de direita, por duas razões básicas, assimilou a cultural do branco dominador ou porque foi colonizado pela ideologia pentecostal a serviço do neoliberalismo.
Portanto, fundamental combater os miscigenados, na defesa do neoliberalismo contra as propostas políticas sociais liberais.
Necessário moralizar a sociedade eticamente, sem a moralidade ética não é possível desenvolvimento econômico.
Foi exatamente com essa estratégia fundamentada no racismo estrutural que a direita branca e a extrema direita chegaram ao poder.
Portanto, o ódio brasileiro, fundamenta no racismo estrutural, sustenta se na mais terrível luta de classes entre brancos privilegiados, com negros, miscigenados e índios.
O verdadeiro motivo do ódio no Brasil, essencialmente branco, é a defesa da concentração da riqueza pela referida elite.
No Brasil os verdadeiramente corruptos levantaram a bandeira da anti corrupção, como meio de chegar ao poder, tomar o Estado político, com a finalidade de preservar a concentração da riqueza, mantendo o racismo estrutural.
Todavia, o ódio não é apenas individual a uma determinada pessoa, porém, a classe social, ascensão do proletariado no capitalismo.
Interessante refletir, no governo do maior bandido, Lula, apresentado pela elite econômica, o Brasil era o 5 PIB do mundo, exatamente neste instante, 22 PIB do mundo.
Entretanto, parte significativa da sociedade abobada não entende a referida reflexão.
Edjar Dias de Vasconcelos.