A neurociência e psicanálise.
O indivíduo pode ser conhecido pela sua valoração cultural, o homem é o seu cérebro, exatamente, como é formatada a sua memória psíquica.
Deste modo, todo homem a princípio é previsível, o comportamento humano está substanciado no cérebro, o sapiens é o seu mundo ideológico.
O cérebro comanda o corpo, assim sendo, a razão obedece a razão, a lógica ideológica estruturada na memória.
Uma vez estruturado o mundo cognitivo, a cognição é essencialmente dependente dela mesma.
Razão pela qual o cérebro é vítima do próprio cérebro, a razão não consegue holisticamente libertar dela mesma.
O mecanismo de construção do cérebro é permanente, a pessoa sequer percebe a alienação estrutural da memória.
Uma vez estabelecido o cérebro, como memória formatada culturalmente, o comando é permanente, todo cérebro funciona por meio de uma razão logocêntrica.
De tal modo, a cognição formatada de um físico quântico, exatamente igual do ponto de vista da sua evolução cognitiva de um índio da floresta amazônica.
Portanto, o cérebro como produção cultural é o seu direcionamento ideológico, a estrutura da memória estabelecida tem a mesma lógica de sustentação epistemológica.
Com efeito, o homem é o seu cérebro constituído, todo homem imagina que o seu modo de pensar é correto, o mecanismo que o cérebro tem para se proteger, a partir exatamente do princípio de identidade.
A identidade é a valoração cultural da memória, o sexo tem exatamente tal perspectiva, a pessoa identifica com um determinado gênero, identidade de gênero, apesar da questão hormonal.
Do mesmo modo, funcionam todas as valorações culturais, alguém que torce para um determinado time de futebol ou a escolha de uma corrente filosófica epistemológica.
Portanto, o homem é a sua ideologia, a lógica do ateísmo é igual para aquele que tem fé.
Isso não significa a prova da existência de Deus, importante, a referida compreensão, assim sendo, fundamental o homem entender, a profunda dependência entre cérebro e o mundo cultural, a cérebro é a própria cultura.
Portanto, o homem é a sua identidade cultural, as diferenças de comportamentos, resultam das diversidades culturais.
Deste modo, todo homem culto precisa compreender que o seu mundo é o seu cérebro, e, que o referido é a produto da alienação cultural, o homem não tem domínio do cérebro formatado.
Edjar Dias de Vasconcelos.