Nietzsche, Crepúsculo dos ídolos: Análise de Edjar Dias de Vasconcelos.
Nietzsche pergunta, você acha que a filosofia de Platão tem algum sentido? A filosofia de Sócrates?
Aristóteles, um demolidor de Platão, como se a realidade fosse a alma preexistente, deste modo, justificava a morte para Sócrates, na ilusão da existência de deus.
A preexistência da alma, o mais absoluto delírio, do mesmo modo, a existência do corpo.
No entanto, a vida sapiens é composta de corpo e alma, em única junção, morre o corpo acaba a alma, motivo pelo qual não existe ressurreição, muito menos reencarnação.
Com efeito, a alma é a cognição, a razão desenvolvida como produto da linguagem, deste modo, pensava Aristóteles.
A filosofia nasceu e viveu da ilusão, presa a um mundo irreal, desta forma, realizou a cultura como ficção.
Descartes, Kant entre filósofos, até Schopenhauer, o mundo como vontade e representação.
Portanto, o mundo é o desejo de domínio, todos querem dominar todos, usando a lógica da ilusão, onde encontra o fundamento da ilusão, tão somente na cultura.
Com efeito, a cultura em seu sentido complexo, polimatheico, é o próprio engano, sendo assim, não procure seus ídolos acadêmicos, fenomenologicamente.
Toda cultura é apenas interpretação e não epistemologizaçao, razão pela qual não existe a verdade, o que existe é o equívoco da compreensão.
Entretanto, deste modo, a cultura é também fundamental, só com o domínio cultural, destrói a cultura, eliminando psicanaliticamente as ilusões.
O homem não culto, não consegue entender a inutilidade de Platão, a infantilidade de Sócrates, o quanto Aristóteles estava errado, com seu mundo Ptolomaico. Portanto, o entendimento da filosofia em sua complexidade.
A ilusão de Descartes, penso logo existo, o cavalo não pensa e tem existência. Portanto, o que é desnecessário em Descartes, o uso do pensamento para provar a existência do deus.
Deus é apenas uma produção cultural, como a cultura é produto da manipulação sapiens, deus o mais absoluto engodo.
Estamos sozinhos no mundo, sendo que o referido não tem sentido, quem é deus uma invenção da cultura polimatheica, produção humana, sendo a cultura produto dos entendimentos errados.
Deste modo, deus uma grande ilusão, como também a filosofia, entretanto, a referida é definida como sabedoria, não existindo a possibilidade de ser sábio.
Sendo assim, a sabedoria um equívoco das ilusões.
O mundo a alienação do espírito, o conhecimento a representação da alienação em referência, o que é o saber a impossibilidade epistêmica.
Portanto, ídolos e ídolos, os quais devem ser destruídos, a razão em síntese o fundamento da da anti razão.
Sabe qual o fundamento da anti razão, tudo é cultura, entretanto, qual a natureza da razão como anti razão, a epistemologização da anti cultura.
Tão somente a vontade de domínio, o homem quer desenvolver a razão, como anti razão, por meio da filosofia, pois precisa dominar o próprio homem, sendo assim, o homem é o instrumento da sua destruição.
Com efeito, o homem é dissimulado, falso, enganador e mentiroso, tem o carácter essencialmente corroído, a realidade sapiens.
Os ídolos, sobretudo, os culturais epistêmicos, a destruição do mundo, tudo é cultura, sendo que a referida sustenta na ideologização das coisas.
O mundo, produto das coisas ideologizadas, assim sendo, a cultura não liberta ninguém, pelo contrário, escraviza, somos dominados por uma razão logocêntrica.
Portanto, fundamental que os ídolos sejam destruídos, entretanto, qual a problemática na destruição dos ídolos?
A cultura também será destruída, a destruição da cultura, significa a destruição da linguagem, a morte do mundo cognitivo.
Assim sendo, melhor você saber que os ídolos não serão destruídos, a morte de alguns ídolos, significa o nascimento de outros, deste modo, consecutivamente.
A cultura vai prevalecer como forma de engodo, na efetivação do carácter corroído, no uso da representação, como metodologia hermenêutica, o homem precisa interpretar exegeticamente, no uso da cultura como meio para poder enganar.
Sem a manipulação da cultura não é possível o domínio.
Edjar Dias de Vasconcelos.