A dialética na perspectiva de Sócrates, Platão, Aristóteles, Hegel, Marx, Adorno, Horkheimer, Habermas, Derrida, Lyotard e Foucault.
Uma breve história da lógica.
O que é a dialética? A arte da argumentação, na interpretação, deste modo, pensava Sócrates, Platão e Aristóteles, cada um a seu modo epistêmico, a realidade é contraditória.
Com efeito, era necessário eliminar as contradições das proposições, acepção essencialmente filosófica de ambos.
Portanto, a dialética passou a ser, o exercício da argumentação, na valoração ontológica do desenvolvimento do raciocínio.
Na modernidade acepção dialética caracterizou-se com o idealismo de Hegel, 1770-1831, o referido filósofo fundamenta a sua epistemologização, a partir do princípio da inteligência desenvolvida.
Com efeito, a dialética tomou nova perspectiva na lógica argumentativa, no tratamento da racionalidade histórica, sendo que o método dialético não pode ser separado da cognição construída.
Sendo assim, não se separa na lógica a abstração formal da pressuposição axiológica, o importante é o entendimento da realidade enquanto tal, na construção da gênese logística.
Portanto, a realidade precisa ser percebida em sua globalidade, em sua perspectiva total, do vir a ser, a partir da tese, sempre negada por uma antítese ou seja a contra tese.
Da negação das contradições, nasce a verdadeira tese, deste modo, consecutivamente, na unidade do pensamento, o nascimento da síntese.
Entretanto, o grande formulador da nova dialética, na superação do idealismo de Hegel, Karl Marx, 1818-1883, Marx inverteu a dialética de Hegel, eliminando os aspectos especulativos da referida lógica.
Para Karl Marx, a dialética não pode ser mais entendida a partir da estrutura ideal do devir, a análise deve ser efetivada como produto das relações sociais, onde estão as experiências humanas.
A realidade precisa ser compreendida a partir das contradições materiais, produzidas pelo liberalismo econômico, hoje neoliberalismo, a nova dialética, no uso da filosofia pós contemporânea.
Deste modo, surgiu a dialética da escola de Frankfurt, Adorno e Horkheimer, a questão da razão instrumentalizada, posteriormente, Habermas, a dialética da inter subjetividade.
Por último a dialética francesa, Derrida, Lyotard e Foucault, sendo que para a Escola francesa, a dialética apesar do marxismo, é subjetiva, parcial, fragmentária e ideológica.
Em síntese só consegue pensar a realidade criticamente, quem tiver uma razão logocêntrica na breve perspectiva histórica trabalhada das lógicas elaboradas de Sócrates a Foucault
Portanto, de tal modo, qualquer hermenêutica sem as referidas epistemologias, transforma-se em ingênua e infrutífera.
Edjar Dias de Vasconcelos.