O fundamento do discurso do ódio.

O discurso do ódio é antes de tudo uma ideologia política, hoje impregnada no neoliberalismo, sustentada também em religiões pentecostais.

O ódio no Brasil é essencialmente político e não racial.

Objetivo do discurso do ódio, a dominação econômica do Brasil, a partir da ideologia do neoliberalismo, o ódio associado ao pensamento de extrema direita.

A ideologia difundida, a razão da pobreza são as forças políticas progressistas, o social liberalismo é um mal civilizatório, pois produz a miséria do povo.

O discurso do ódio, não objetiva o diálogo, entretanto, a destruição de tudo que for contrário a ideologia do neoliberalismo, não tem como finalidade a sociedade democrática.

O inimigo precisa ser silenciado, eliminado do cenário político, quem é o inimigo, todos aqueles que desejam construir uma sociedade mais igualitária.

Deste modo, o discurso do ódio não é racial, do branco contra o negro, todavia, político, ideológico e religioso.

Entretanto, com essa análise não estou negando o racismo, é que o negro de direita no Brasil odeia o negro de esquerda. Motivo pelo qual no Brasil o racismo é essencialmente político.

O ódio no Brasil através do fenômeno religioso pentecostal está associado uma ideologia política, todos aqueles que forem contra a ideologia do Estado neoliberal.

A razão da pobreza é a esquerda, do mesmo modo, da corrupção, como se a esquerda tivesse inventado a pobreza e a corrupção.

Uma parte significativa da sociedade brasileira, de origem escrava, indígena, entre outras etnias pobres, imaginam que o bem estar social, só será possível com a eliminação política das forças progressistas.

A sociedade pobre defensora do discurso do ódio, foi totalmente pentecostalizada, deste modo, a linguagem do ódio transformou-se em um fenômeno cultural, político e religioso.

Portanto, o Brasil não será mais transformado institucionalmente com a prevalecência do pentecostalismo.

Quanto mais a sociedade for pencostalizada, maior o ódio será estabelecido, sendo assim, quanto mais o povo pobre usado pela cultura ideológica da fé, transformar-se em cristão, mais anti democrática será a sociedade.

Muito mais distante de qualquer transformação econômica.

Desde modo, ascensão da extrema direita como difusora ideologicamente do Estado político neoliberal.

O ódio tem uma ideologia política fundamentada no neoliberalismo, manifestada na fé religiosa do povo pobre, a crença que a esquerda é satânica.

Portanto, a estratégia dos neoliberais é a transformação do povo pobre em cristão pentecostal, sendo a fé aliada do capitalismo financeiro, o ódio é o resultado político da própria pobreza.

Com efeito, o pobre entende que será sempre pobre enquanto existirem forças progressistas combatendo o neoliberalismo.

Nos próximos anos, os pentecostais serão 70% da sociedade, então controlarão todos os poderes, pelo caminho da democracia, serão destruídas as forças progressistas, sendo assim, o discurso do ódio foi estabelecido.

Portanto, o fim do social liberalismo e das forças progressistas, a religião continua ainda hoje ser uma arma poderosa contra desenvolvimento civilizatório.

O ódio está associado a uma elite financeira, a classe média sem cultura política e aos pobres pentecostalizados.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 03/08/2020
Reeditado em 03/08/2020
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