A Estrutura das Revoluções Cientificas: como formular uma tese acadêmica.

Thomas Kuhn redigiu o referido trabalho, quando ainda era estudante na graduação de Física na Universidade de Harvard.

Ele estava decepcionado com teorias simplistas de teóricos a respeito da história das ciências.

As teorias defendiam o seguinte fundamento, a ciência como uma questão progressiva sempre numa linha da aproximação da verdade ou da totalização.

Kuhn nunca gostou desse posicionamento, argumentava que o entendimento na perspectiva da verdade havia descontinuidades radicais.

Essas radicalidades precisam ser entendidas dentro do conceito de tempo histórico.

Então sua ideia fundamental em filosofia como teoria do fundamento em Física, na epistemologização da tese.

O que é interessante, é a superação do conceito contínuo como forma de desenvolvimento continuado, ao que se refere ao paradigma como defesa da tese permanente.

O conceito de paradigma aplicável em diversos tempos, ele é por sua natureza insustentável. A história da ciência e seus fundamentos, aquilo que se determina por revoluções acadêmicas.

São violentas e se transformam radicalmente, em cada tempo histórico, o que é tido como verdade, poderá amanha não ser.

O que é a verdade para Kuhn, além de ser relativa ao tempo histórico de suas produções, resulta de revoluções acadêmicas, ao longo da história com suas mudanças de concepções, períodos que são denominados de ciências normais, e, outros anormais.

Período da normalidade, tempo da produção da pesquisa independe que seja objetiva, não pela adesão da hipótese admitida esperada como certa, é questionável aquilo que anteriormente é tido como correto.

No período da ciência formulada como normal, novas descobertas são entendidas como se fossem anômalas e sem nenhuma razão de ser, para aquele momento na solução dos problemas.

Pesquisas originais ou problemas a serem resolvidos que questionem hipóteses do momento normal, não são aceitas e caracterizadas simplesmente como especulações muitas delas metafísicas, inúteis a qualquer procedimento científico.

Exatamente esse procedimento que dá origem à noção de paradigma a Kuhn. O paradigma do momento é sempre uma rede de hipóteses misturada com crenças, defendidas por uma determinada comunidade em particular, que estabelece um campo comum de pesquisa.

Somente o resultado comum que se estabelece, regras iguais, e, que obtêm aceitação naquele período em que a ciência determina-se como normal, nesse momento nenhuma teoria poderá ser questionada.

Mas de tempo em tempo o paradigma é questionado, em outro tempo histórico, motivo das suas diferenças na história, o paradigma oficial fracassa, em outro contexto da história e da cultura.

Deste modo, de tempo em tempo os paradigmas são derrubados, nesse momento acontece aquilo que Kuhn chama de revoluções científicas, intelectuais, epistemologias distintas.

Com efeito, aconteceram os fracassos dos paradigmas fornecendo novos padrões para entender fenômenos observados, nesse momento surgem novos paradigmas.

Uma outra explicação quando surge um novo modelo, mais forte, de melhor convencimento, uma força de explanação mais lúcida.

Nesse caso pode acontecer um deslocamento de paradigma, ocorrendo a mudança de paradigma, ocorre uma revolução.

Exemplo clássico a teoria heliocêntrica do sistema solar de Copérnico, substituiu a ideia Ptolomaica que o sol gira em torno da terra, ou quando Einstein da teoria da gravidade de Newton, em defesa da física clássica, por meio da teoria da relatividade geral e especial.

Kuhn também procurou defender a teoria da incomensurabilidade, a qual procurou desafiar a ideia de que a ciência está sendo construída em direção constante rumo a ultima verdade, o que de certa forma não existe, o conceito de uma verdade ultima.

Ele argumenta que a ideia do cientista é tão radicalmente alterada pela aceitação da nova episteme.

Cientistas que operam paradigmas em períodos históricos diferentes, vivem em mundos completamente distintos, seja qual for o período histórico, sofrem reflexos culturais e psicológicos.

A ideia dele em defesa a essa tese, Ptolomeu não é do mesmo mundo de Copérnico, por esse motivo criou paradigmas diferentes, da mesma forma em comparação Newton e Einstein.

Esse conceito desenvolveu a ideia do subjetivismo na ciência e fulmina com a ideologia da noção de epistemologia como verdade absoluta, a noção desenvolvida é questionável.

Para ele é impossível investigar a natureza da realidade sem operar com algum paradigma, sendo deste modo, é melhor entender a ciência como crescimento das ideias em resposta ao mundo.

Todavia, é importante ressaltar que nenhuma ideia ou paradigma evolui objetivando uma verdade ultima.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 16/07/2020
Reeditado em 16/07/2020
Código do texto: T7007526
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