A hermenêutica do brilho da luz.
Sou um homem pós contemporâneo, tudo que busco a compreensão dos fatos.
O meu desejo é o entendimento da interpretação, o meu sonho transformar me em um sujeito hermenêutico.
Você é a minha exegese apolínea.
Todavia, sei que o mundo é subjetividade, parcialidade politizada, deste modo, compreendo a ilusão, como pressuposto do mundo apofântico.
Entretanto, você é o meu sonho consubstancializado, a vossa razão a definição da minha cognição.
Não busco sabedoria, não preciso ser reconhecido pelo mundo, a verdade uma fenomenalidade cultural representada.
Sou um individuo analítico, não preciso ser admirado, a não ser pela sua intuição.
Sei que a vida é uma fantasia tem como substrato a metafísica.
Os deuses não existem, o infinito é magnífico, o fundamento de tudo a incausalidade.
Desejo entender o mundo cosmofísico, então é fundamental refletir a imaterialidade.
Deste modo, sou a negação da imaginação, entretanto, a conservação da vossa substancialidade.
Você já imaginou a ausência de tudo, a realização da infinidade, sendo a vossa projeção, o mundo desejado.
Estou aqui por um mero acaso, como produto do nada, o meu sonho é a vossa exuberância.
Compreendo a existencialidade a priori, sei como foi construída a minha cognição.
Serei sempre a extensão da sua razão.
A origem da nossa linguagem, o segredo do surgimento dos átomos, a não finalidade da breve passagem.
Entretanto, o mundo é a efetivação do encanto, a beleza contemplativa da sua essência.
Você a eternidade das minhas recordações, a finalidade da minha pretensão.
A reconstrução do presente contínuo, a magnitude da felicidade.
Escrevo em metáforas, a doçura da minha heurística, o entendimento é o produto da vossa sentimentalidade.
Amanha quando acontecer o novo tempo, ficará no céu resenhado o brilho dos nossos sorrisos.
Entretanto, o instante será apenas, o recomeço interminável do fascinante encontro.
O silêncio profundo da alma, o esplendor do seu encanto, a vossa grandeza.
Sei o que tudo isso significa, a glorificação do tempo passado, porém, redescoberto, a vossa exuberância.
O sonho dos sonhos.
Edjar Dias de Vasconcelos.