John Locke: Ensaio acerca do entendimento humano.

John Locke 1632-1704, estudou na universidade de Oxford, teve interesse por diversas disciplinas, química, filosofia, teologia, no entanto, formou-se em medicina, transformando em um grande filósofo.

Perseguido politicamente, foi para França e Holanda, voltando a Inglaterra com a Revolução Gloriosa, dedicando a filosofia, sem deixar a medicina.

Não gostava do pensamento de Aristóteles, detestava a escolástica, teve contato com a filosofia de Descartes e com o empirismo de Francis Bacon.

Procurou destruir as ideias de Platão, Plotino, Santo Agostinho e Descartes, pelo fato de afirmarem que as ideias são inatas, a filosofia de Locke, foi o esforço permanente objetivando a destruição da filosofia inatista.

Quando uma criança nasce seu cérebro está em branco, igual a uma folha de papel, a teoria da tábula rasa, nenhuma ideia previamente escrita.

Portanto, as ideias são desenvolvidas cognitivamente ao logo da existência, o cérebro do indivíduo formata em consonância com o meio social.

Não existe cognição desenvolvida no isolamento social, o homem produz a razão construída através de suas relações econômicas e políticas.

Desde modo, não é possível uma criança pobre de uma tribo indígena no desenvolvimento cognitivo, entender de física quântica, muito menos da dialética tríade de Hegel.

O DNA é o mesmo, a capacidade cognitiva é a mesma, sendo a natureza humana única, entretanto, a estruturação da linguagem não é mesma.

O homem é o seu meio social, do mesmo modo, o mundo linguístico, a compreensão do mundo, depende do meio o qual produz o desenvolvimento cognitivo racional.

Entretanto, nada existe a priori na mente de uma criança, todas as ideias que temos são adquiridas, desenvolvidas, construídas, a razão define-se pela construção, como produto da evolução, social cognitiva.

A experiência sensorial possibilita no campo empírico a construção linguística, o desenvolvimento por meio da reflexão sistêmica.

O homem é o seu próprio cérebro construído, todavia, como produto do meio, resultado do mundo empírico.

As ideias vão desenvolvendo através dos processos de sínteses, associações miméticas, cada vez mais complexas.

Entretanto, a base material do desenvolvimento cognitivo, em qualquer circunstância, será sempre produto da empiricidade externa, acepção inatista desenvolvida pelos referidos filósofos, simplesmente delírica.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 30/06/2020
Reeditado em 30/06/2020
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