Uma definição científica a respeito do que é o racismo.
O racismo é estrutural, com efeito, político e econômico, produto da Revolução Industrial.
O racismo radicalizou na criação do Estado moderno, na afirmação da burguesia no poder, em defesa da concentração da renda.
Sendo assim, o racismo é substancializado na democracia, como ideologia de classe social.
Deste modo, o racismo ideologicamente fundamenta se na Filosofia liberal, resultada do liberalismo econômico, hoje neoliberalismo.
O racismo, como produção da sociedade pós contemporânea, existe em razão da dominação de classe, como sempre foi no passado.
Deste modo, não supera o racismo na perspectiva do neoliberalismo.
Com efeito, o racismo não é apenas uma questão de cor, todavia, de classe social, motivo de ser político estrutural.
Sendo assim, o combate ao racismo não passa apenas pela questão da cor, entretanto, através da superação das classes sociais, deste modo, estende-se a todos os pobres.
O branco em si não é dominador, o dominador é a classe social, neste caso, a burguesia.
Quando o negro por combater uma ideologia racista deseja ser integrado na perspectiva do desenvolvimento econômico, sustentado no neoliberalismo.
Neste aspecto, o próprio negro é racista em relação ao pobre em geral.
Com efeito, o que deseja, fazer parte do jogo do dominador.
A questão do racismo, é político, por ser político é econômico, deste modo, estrutural, sendo assim, o racismo envolve com maior ou menor grau, todos os pobres.
Os negros não podem ter uma visão simplista do racismo, ingênua, despolitizada, é fundamental como condição a priori para acabar com o racismo, a superação da ideologia neoliberal.
Portanto, criando o Estado social liberal, entendendo como discriminados todos os pobres.
A discriminação resulta exatamente em razão da pessoa ser pobre, com isso não nego o valor do movimento negro, tem meu apoio e apreço.
Entretanto, a discriminação só será eliminada na perspectiva da inclusão de todos os pobres, incluindo os negros, o que não será possível no neoliberalismo.
Edjar Dias de Vasconcelos.