Fenomenologia do espírito em Hegel, uma crítica de Karl Marx.
Livro de difícil entendimento, desenvolverei uma genealogia da obra, cujo fundamento a sustentação do liberalismo econômico, proposto pela dialética hegeliana.
Hegel compreende o movimento real através de três momentos distintos, o primeiro, o ser em si, o segundo, o ser fora de si, o terceiro, o retorno do ser para si.
Como Hegel explica por meio da dialética a referida movimentação, entendendo a realidade como contínuo devir, sendo que cada momento é a preparação a efetivação do outro momento, desse modo, consecutivamente.
Com efeito, a realidade é sempre a sua negação em direção ao aperfeiçoamento, na criação dos três instantes, tese, antítese e síntese.
Deste modo, na Fenomenologia do Espírito em Hegel, o referido encarna a ideologia do capitalismo através da filosofia do liberalismo econômico.
O desenvolvimento econômico se efetivará, uma questão de tempo, através da superação das contradições no próprio desenvolvimento, na realização da sociedade perfeita através do Estado político.
Exatamente, a crítica formulada por Karl Marx a Hegel, a dialética da mistificação, pois não se superam as contradições em uma sociedade de classes sociais, no capitalismo.
Portanto, quando Hegel afirma o saber absoluto atingido pela razão, a superação do entendimento finito, quando adquire o conhecimento total da realidade por meio do desenvolvimento econômico, com o propósito da defesa do liberalismo econômico.
Deste modo, alcançaria a consciência da unidade entre o ser e o pensar, a teoria e prática como sustentação da sociedade produtiva, harmonizando a subjetividade e a objetividade.
A crítica de Marx, é não possível a produção da nova síntese, a partir da superação da tese através da antítese, pelo fato que é da natureza do liberalismo econômico efetivar-se exatamente pela contradição.
Sendo assim não tem sentido a Fenomenologia do Espírito em Hegel, sua dialética é ilusória, sem fundamentação epistemológica.
Portanto, supera-se a antítese pela síntese, quando é realizado uma revolução epistemológica na superação do liberalismo econômico, superando o capitalismo e estabelecendo o socialismo como modo de produção.
Edjar Dias de Vasconcelos.