As quatro etapas do processo civilizatório das nações e o governo do Bolsonaro.
O processo civilizatório do homo sapiens passa por quatro etapas, substanciadas na evolução das nações.
A primeira etapa concretizada na ideologia teológica que nasce com o surgimento da linguagem até a criação das monarquias nacionais.
Já no início do Estado moderno, classificado como a era dos deuses, na qual os governos eram divinos, denominados de Estados teocráticos, extensão do Estado feudal, uma tragédia civilizatória, o fundamento da política era a religião.
Como Hoje a tentativa do estabelecimento do Estado pentecostal, movimento bolsonarista, caso especifico do Brasil ou Estado islâmico mundo árabe.
O Estado teocrático, uma mistura dos diversos tempos históricos, mundo antigo, medieval, feudal, renascença e o começo do iluminismo.
Em continuidade, o Estado dos grandes heróis, fundamentado no Estado aristocrático, uma extensão do Estado teocrático, fundamentado em parte no começo do Estado moderno.
Em um terceiro momento nasce a era dos homens, na qual os governos são essencialmente humanos.
Portanto, o Estado como fruto da Revolução Industrial, fundamentado no liberalismo econômico, produto da revolução burguesa e da democracia representativa.
Nesse Estado dentro processo civilizatório, os homens nascem livres, entretanto, conhecem a liberdade perante a igualdade diante da lei.
Tal modelo civilizatório, representa a denominada civilização moderna, na qual a filosofia iluminista esgotou.
Hoje vivemos em parte do mundo, a idade pós contemporânea, quando o Estado garante a igualdade perante a lei, do mesmo modo, a equalização social.
Deste modo, os homens são iguais em todos os aspectos, jurídico, econômico, ético, etc.
O quarto momento civilizatório efetivou em uma junção das ideias de Adam Smith com Karl Marx, criando a era política entendida como social liberalismo.
Desenvolvimento econômico com igualização social dentro do próprio capitalismo.
Qualquer projeto político seja de esquerda ou direita, quando não se enquadra na era pós contemporânea, é um projeto reacionário, anacrônico sem viabilidade civilizatória, em outras palavras contra a civilização.
Com efeito, o projeto político do bolsonarismo é uma mistura dos três momentos históricos anteriores em defesa do neoliberalismo.
Deste modo, fundamenta em uma ideologia anacrônica, reacionária, sustentada na ideia teocrática do poder, hoje a ideologia pentecostal da fé, motivo pelo qual Bolsonaro deseja escolher para o Supremo ministros pentecostais.
Tudo que propõe politicamente o bolsonarismo, sustenta se no passado superado pela nova era civilizatória, o bolsonarismo é um movimento político de pessoas incultas que não compreendem o desenvolvimento histórico do processo civilizatório.
O Brasil vive uma tragédia política porque o povo não tem cultura civilizatória, motivo pelo qual nossa nação não tem perspectiva nem mesmo na democracia.
Entretanto, importante ressaltar que não é apenas o movimento bolsonarista que é analfabeto civilizatório.
Todavia, quase todos os políticos do Brasil, total ou parcialmente.
O não entendimento da civilização pós contemporânea.
Edjar Dias de Vasconcelos.