Explicação do Livro: Uma análise da Era dos Extremos e dos nossos dias.
Magnífico historiador marxista, Eric Hobsbawm, antes de morrer neomarxista.
Formulador de uma exuberante análise política econômica do século XX, período de grandes mudanças.
Um século breve, extremado e violento, a luta entre as ideias de Adam Smith e Karl Marx, liberalismo econômico e socialismo, burguesa e proletariado.
Catástrofes, crises e incertezas, a construção dos séculos XIX e XX, a Revolução Socialista Soviética, o mundo dividido em duas perspectivas, por um lado, o projeto socialista, a igualdade proletária comandada pelos russos.
Por outro lado, a dominação capitalista em defesa do liberalismo econômico, fruto da Revolução Industrial, a concentração da riqueza burguesa.
Hobsbawm procurou dividir a história em momentos históricos distintos, a catástrofe, as duas grandes guerras, a crise econômica de 1929, o nascimento do fascismo e do nazismo.
Quando entraram em colapso as democracias liberais, o Ocidente parecia não ter mais significação histórica, praticamente a destruição civilizatória, o mundo dividido entre duas grandes ideologias, liberalismo econômico e socialismo.
A partir dos anos 50, 60, 70, o capitalismo volta estabilizar na Europa, não mais na perspectiva do liberalismo econômico, entretanto, do social liberalismo, uma junção das ideias de Adam Smith e Karl Marx, o que pode ser denominado de neo-marxismo.
Entretanto, as ideias socialistas prevaleceram no mundo soviético, as ideias liberais nos Estados Unidos, em nossos dias o neoliberalismo.
Com efeito, o social liberalismo, na Europa Germânica, Anglo saxônica, França, Bélgica entre outros países.
Em 1989 cai o muro de Berlim, uma nova configuração do mundo, as economias sociais liberais prevalecem estabilizadas.
Entretanto, a revolução social liberal não expandiu para o mundo, nem mesmo entre os europeus, o mundo continua incerto, ninguém sabe qual é o futuro.
Todavia, a miséria continua entre os países pobres cuja industrialização cumpriu o papel da substituição das importações.
Portanto, economias que não avançam na perspectiva do social liberalismo, deste modo, o fascismo institucionalizado na perspectiva da própria democracia.
Nesta análise não sabemos para onde vai o Brasil.
Edjar Dias de Vasconcelos.