Uma breve análise para entender o capital de Karl Marx na era do coronavírus.
O marxismo é muito mais que uma teoria para uma revolução socialista, por ser uma epistemologização do capital.
Portanto, a genealogia para entender a produção da riqueza, sem Marx qualquer visão filosófica do mundo é ingênua, mistificadora, diria metafísica pentecostal.
Não existe economia fora da dialética marxista, explicarei tal proposição, com o coronavírus o mundo simplesmente está desabando, pelo fato da não existência da sociedade sem o trabalho, o mundo simplesmente acaba se o peão não for para fábrica.
Nesse sentido Bolsonaro é mais marxista que Marx, a própria burguesia é totalmente marxista, usa do marxismo para defender o liberalismo econômico, hoje neoliberalismo.
Em síntese na genealogia do capital o que reflete Marx, na explicação do modo de produção capitalista, sem a força do trabalho não existe riqueza, todos morrem de fome.
A burguesia simplesmente desaparece se o peão não trabalhar, do mesmo modo, a classe média, por fim, o Estado político, a verdadeira riqueza é aquela produzida pela força do trabalho.
Qual é a diferença do velho capitalismo, para o novo capitalismo, o liberalismo econômico, para o neoliberalismo.
Deste modo, no antigo liberalismo a riqueza era produzida pela força do trabalho, no novo liberalismo a referida é também produzida por meio do capital especulativo.
Deste modo, o capital produz gente rica, não o desenvolvimento da nação, o referido é possível com o social liberalismo.
Com efeito, a ideologia do Paulo Guedes em defesa do neoliberalismo, pois Bolsonaro é analfabeto em economia, o não entendimento da doutrina marxista leva a pessoa ao fenômeno da bobologia.
Todo analfabeto não pode ter poder, não estou referindo no sentido ideológico do analfabetismo, aquele que não sabe ler e escrever, refiro ao analfabetismo epistemológico, neste sentido existe gente com doutorado analfabeto em diversos aspectos.
Com efeito, o analfabeto é aquele que tem uma visão mistificadora da própria doutrina, neste aspecto, Paulo Guedes também é analfabeto.
Voltando acepção do marxismo, a verdadeira riqueza é aquela produzida pela força do trabalho que é vendida, assim sendo, a referida é transformada em mercadoria, deste modo, explicita o capital.
O fenômeno de comprar a força do trabalho como mercadoria, produz a mais valia, em razão do capitalismo não pagar pela força do trabalho o valor real expresso na mercadoria comercializada, exatamente neste aspecto, a produção da pobreza.
Desta forma, o capitalismo fundamenta-se no roubo, entretanto, deixa de ser roubo pelo fato de ser institucionalizado politicamente através do Estado, o crime transforma-se em legalidade.
Com efeito, tanto o liberalismo econômico, como o neoliberalismo, fundamentam na criminalidade institucional, assim sendo, é entendível a corrupção institucional.
Entretanto, em síntese o que devemos compreender neste momento histórico de pandemia produzida pelo coronavírus.
A não existência do Estado político sem a exploração da mais valia, o que significa o trabalhador morrendo, não podendo ir a fábrica , a destruição da burguesia, do mesmo modo, o Estado político, sendo assim, é compreensível o desespero do Bolsonaro e da burguesia.
Em síntese não é o coronavírus que vai destruir a sociedade, o vírus mata milhões de pessoas, a burguesia não tem preocupação com o peão morrendo, entretanto, com o referido em confinamento, pois destrói a própria burguesia enquanto instituição de produção.
Exatamente nesse sentido que o Bolsonaro é contra o confinamento, uma exigência de Paulo Guedes, o verdadeiro defensor do neoliberalismo.
Edjar Dias de Vasconcelos.