A história de um jovem que tinha como grande sonho, a ideia de ser padre.
Fui seminarista, formado em Filosofia, Psicologia e História, Puc Belo Horizonte.
Dois anos de noviciado, parte realizada no convento do Caraça, como sempre aplicado, estudei e estudo muito.
Li praticamente quatro mil livros, os grandes clássicos de todas disciplinas.
De 1 a 10 como nota final no meu Bacharelado em Teologia, perdi apenas 0,7 décimos, exuberante avaliação.
Após o Bacharelado em Teologia, fiz o exame univera a uma comissão de doutores, diversas perguntas, respondi todas corretamente, ninguém tira dez no exame univera, entretanto, tirei.
Fui um aluno brilhante, invejável, estudava 12 horas por dia, latim, grego e aramaico entre outras disciplinas.
Queria apenas entender de Filosofia, Filologia, Política e Economia, no entanto, estudei tudo, para tal li as principais obras do mundo.
Todavia, perdi a fé, sei que deus não existe, tão somente um mito, a figura de Jesus Cristo, uma pessoa magnífica, porém, o cristianismo uma religião extremamente anti civilizatória.
A fé hoje pentecostalizada ou carismaticizada serve apenas para instrumentalizar pessoas simples com problemas psicológicos, levando as mesmas a uma opção política de extrema direita em defesa do neoliberalismo.
Deste modo, o cristianismo transformou-se no grande mal da civilização, o mundo quanto mais cristão, mais anti civilizatório.
Com efeito, tenho medo quando alguém diz ser cristão, pois sei o mal que representa a fé.
O povo brasileiro pentecostalizado, sobretudo, os pobres 44 milhões de eleitores, brevemente 60 milhões, acabou a democracia, não haverá mais civilização.
Quando o Bolsonaro diz deus acima tudo, o pentecostal vai a loucura, deste modo, sustentam a extrema direita e a direita no Brasil.
As nações civilizadas construíram o bem estar social, isso só foi possível quando o povo ficou ateu, entendendo que o neoliberalismo uma Filosofia política anti civilizatória, escolhendo como perspectiva a nação o social liberalismo.
Existe uma máxima nas civilizações progressistas, quanto mais cristão for um país, mais miserável será a nação, não se trata de uma ideologia, entretanto, de constatação histórica.
O caminho do Brasil é a pentecostalização, a futuro desta nação, a miserabilidade absoluta do país.
Deste modo, o Brasil está sendo destruído através da pentecostalização da civilização, esse fenômeno é irreversível.
Portanto, Jair Bolsonaro é apenas um subproduto desta terrível mecanicidade, estamos condenados a um futuro sem saída.
Assim que entendi, qual seria o futuro do cristianismo, abandonei a fé e desisti da ideia de ser padre.
Triste fim civilizatório.
Edjar Dias de Vasconcelos.