Qual a verdadeira razão de Aristóteles desejar destruir Platão.

Aristóteles, faz uma junção da cognição com o corpo, a não existência da cognição fora do corpo, de tal modo, a cognição é confundida com a alma, como se o sapiens tivesse uma alma em função da linguagem, confusão propositada pela filosofia de Sócrates e Platão.

A Igreja Católica procurou recuperar Aristóteles na formulação de Averróis, na elaboração da Teologia Escolástica, entretanto, o equívoco epistemológico de Platão, não ter percebido que a alma é a cognição.

Deste modo, não existe o espírito na hermenêutica de Aristóteles, o sapiens é somente matéria, hoje no entendimento quântico.

De tal forma , o mundo de Platão é ilusório, apenas uma ideologia filosófica, razão pela qual Aristóteles propõe destruir a filosofia platônica.

Não há nenhuma realidade objetiva para Aristóteles que não seja indutiva, foi na lógica aristotélica que Nietzsche escreveu o seu exuberante livro, O anticristo, um ataque veemente a filosofia de Sócrates e de Platão.

Quando Aristóteles entende a alma como produto da linguagem, percebe com a mais absoluta clareza a não existência de deus, negando evidentemente a reencarnação teoria formulada por Platão.

Portanto, do mesmo modo, a ressurreição de forma indireta, é que para o pensamento grego herança da cultura arábica, não estava em voga a ressurreição, entretanto, a reencarnação, sendo a ressurreição uma ideologia judaica e apostólica.

Deste modo, a Teologia tomista aristotélica, trata-se de um equívoco tomista, o não entendimento adequado de Aristóteles, na nova reformulação, a destruição da Patrística em função da Escolástica, uma reflexão difícil de pouco domínio acadêmico.

Um livro fascinante escrito por Averróis, a destruição da destruição ou seja, o verdadeiro Aristóteles destruído pela hermenêutica tomista, Aristóteles foi tão somente um materialista.

Portanto, o tempo todo empenhou na destruição da metafísica.

Deste modo, Aristóteles nega a reencarnação e a ressurreição, sempre imaginou Platão delírico, sendo que recusou assumir a academia platônica, criando a sua própria academia, cujo objetivo destruir Sócrates e Platão.

A Igreja Católica percebeu tudo isso muito tarde, Tomás de Aquino um mero copiador de Aristóteles já tinha feito a mais fascinante lambança, usou de uma teoria materialista e ateia para justificar o fundamento epistemológico da ressurreição.

Hoje sabemos que a ressurreição é apenas uma ideologia metafísica, sendo a reencarnação a segunda dimensão do mesmo delírio metafísico.

Edjar Dias de Vasconcelos.