A essência fundamental sapiens.

Quando você morre é como se você nunca tivesse existido, a morte é a representação do verdadeiro nada.

O corpo transforma em ficção, cognição desaparece, então você deixa de ser imediatamente o que você sempre foi.

Entretanto, enquanto você existir será a eterna replicação da sua existência, na substancialização dos elos perdidos.

Deste modo, a morte é a negação de todas coisas existentes e ao mesmo tempo, a eterna ressurreição sapiens, você individualmente, filogeneticamente, apenas um elo.

A alma apenas uma ideologia, deus uma fabricação do espirito, qual a diferença fundamental do homo sapiens com um animal qualquer, a linguagem.

Você é exatamente a vossa fala, você é um produto do vosso cérebro sistematizado ideologizado sinteticamente na memoria da vossa razão.

O homem fala, inventa ideologias, motivo pelo qual o homem define-se como um animal mentiroso, enganador por definição.

Portanto, você é a sua enganação, você é um predestinado ao engodo.

Tudo deixa de existir quando corpo exaurir na respiração, quando o ar desaparecer dos pulmões.

Tudo acaba quando o coração deixar de produzir oxigênio no sangue, quando não existir saturação nas batidas do coração.

Portanto, o homem é o desespero da existencialidade, procurar deus é iludir para com a condição humana.

Você é apenas sua cognição, a loucura das suas razões ideológicas, se não fosse a vossa linguagem, você seria um chimpanzé ou um macaco bonobo.

O nosso DNA exatamente o mesmo, somos replicações intermináveis de primatas pongídeos.

Muito triste sabermos que não somos nada, todavia, exatamente, o que somos.

Partículas quânticas perdidas em direção a substancialidade exaustiva.

O que somos um fluido do nada das nossas ilusões.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 01/04/2020
Reeditado em 01/04/2020
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