A essência fundamental sapiens.
Quando você morre é como se você nunca tivesse existido, a morte é a representação do verdadeiro nada.
O corpo transforma em ficção, cognição desaparece, então você deixa de ser imediatamente o que você sempre foi.
Entretanto, enquanto você existir será a eterna replicação da sua existência, na substancialização dos elos perdidos.
Deste modo, a morte é a negação de todas coisas existentes e ao mesmo tempo, a eterna ressurreição sapiens, você individualmente, filogeneticamente, apenas um elo.
A alma apenas uma ideologia, deus uma fabricação do espirito, qual a diferença fundamental do homo sapiens com um animal qualquer, a linguagem.
Você é exatamente a vossa fala, você é um produto do vosso cérebro sistematizado ideologizado sinteticamente na memoria da vossa razão.
O homem fala, inventa ideologias, motivo pelo qual o homem define-se como um animal mentiroso, enganador por definição.
Portanto, você é a sua enganação, você é um predestinado ao engodo.
Tudo deixa de existir quando corpo exaurir na respiração, quando o ar desaparecer dos pulmões.
Tudo acaba quando o coração deixar de produzir oxigênio no sangue, quando não existir saturação nas batidas do coração.
Portanto, o homem é o desespero da existencialidade, procurar deus é iludir para com a condição humana.
Você é apenas sua cognição, a loucura das suas razões ideológicas, se não fosse a vossa linguagem, você seria um chimpanzé ou um macaco bonobo.
O nosso DNA exatamente o mesmo, somos replicações intermináveis de primatas pongídeos.
Muito triste sabermos que não somos nada, todavia, exatamente, o que somos.
Partículas quânticas perdidas em direção a substancialidade exaustiva.
O que somos um fluido do nada das nossas ilusões.
Edjar Dias de Vasconcelos.