Inquisição e a morte do padre Giordano Bruno.

Padre Giordano Bruno 1548-1600.

Magnífico filósofo, físico e astrofísico, condenando pela inquisição e morto, por defender a seguinte tese.

O universo é infinito, não tem começo, meio e fim, um todo interminável, tudo que está no infinito, movimenta solto no espaço.

Existem múltiplas galáxias o tempo é indeterminado, não há um planeta como centro no infinito.

Contrariava a física e astrofísica do grego Ptolomeu na defesa da terra como centro imóvel do universo, como se a mesma fosse fixa.

Tese sustentada pela física de Aristóteles, substanciada na teologia epistemológica tomista.

Conforme o pensamento oficial da Igreja Católica, tudo pelo fato de referir biblicamente a seguinte passagem.

Então Josué pediu ao deus javé que o sol parasse sobre o solo de Israel, até que os judeus em guerra matassem os amorreus, deste modo, o sol parou.

Com efeito, a terra teria que ser fixa, como sustentava a teoria do velho físico Ptolomeu.

Giordano Bruno ao dizer que terra não era o centro do universo, a bíblia estaria mentindo, razão pela qual o referido foi condenado a morrer na fogueira.

A religião sempre procurou destruir a ciência, como fazem hoje os pentecostais.

Giordano poderia ter retratado, entretanto, preferiu a morte, a sua sorte estava predestinada, a luta do feudalismo para sobreviver a renascença como pressuposto da filosofia iluminista.

Em seguida a criação da modernidade, nascendo o novo Regime, fundamentado no Estado moderno, em seguida o liberalismo econômico.

O início de uma nova era civilizatória, refletida, nas palavras de Giordano Bruno.

Pelo fato de defender a ciência eles me ameaçam, me assaltam, me mordem, me devoram, tudo para evitar o nascimento de um novo tempo.

Desta forma, Giordano Bruno morreu tranquilamente em nome da civilização.

Edjar Dias de Vasconcelos

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 30/03/2020
Reeditado em 30/03/2020
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