Ideologia: Explicação da letra e música de Cazuza.

O meu partido, não tenho mais partido, acabou a utopia, tudo que há somente ilusão.

Venceu a ideologia de Chicago, os preceitos do neoliberalismo.

O Caminho da Servidão escrito Friedrich Hayek com a colaboração de Friedman.

O mercado como liberdade.

O meu coração partido, a tristeza da destruição das forças progressistas.

Não tem perspectiva o socialismo, do mesmo modo, o social liberalismo.

Acabaram as utopias, as certezas são inexistes, não existem verdades, como muito bem refletiu o grande filósofo francês Lyotard.

Deste modo, os meus sonhos foram todos vendidos grita veemente o grande cantor Cazuza.

Não tem sentido os metadiscursos, não existem mais consensos universais, o que é a verdade o micro discurso subjetivado, não há a representação da verdade, refletiu Foucault.

O mundo a mais absoluta ilusão, substancia a canção de Cazuza.

Tudo foi vendido muito barato, eu nem acredito, o que fizeram com o mundo, particularmente com nosso Brasil.

A era é pós contemporânea, não existe mais a razão logocêntrica, Derrida, o discurso é vazio.

Representação apenas o tempo de uma razão instrumentalizada, como refletiram adorno e Horkheimer.

Que aquele garoto que ia mudar o mundo, entendeu silenciosamente que muro de Berlim foi destruído.

A etimologia não corresponde com o conceito como formulou Deleuze, as proposições não são reais.

A lógica dedutiva aristotélica uma fantasia metafísica, não tem como epistemologizar a verdade.

Como mudar o mundo, se tudo é absolutamente ruim, o jeito e fazer festa e dançar.

Qual a perspectiva para a civilização, nem mesmo com a dialogicidade de Habermas sustentado no social liberalismo.

Meus heróis morreram de overdose, beberam das ideologias transformistas, agora presos nesta cratera platônica, qual o sentido do mundo, nenhum .

Meus inimigos estão no poder, assumiram a ideologia de Chicago, destruíram o nosso Brasil.

Preciso de uma ideologia para viver, entretanto, não existe ideologia, a metalinguagem não tem funcionalidade.

A nova ideologia substancia na pós contemporaneidade.

O discurso é fragmentado, parcial e subjetivo, a ideologia da nova epistemologização.

Deste modo, pensaram Foucault, Deleuze, Lyotard e Derrida.

Entretanto, preciso de uma ideologia para viver, porém o mundo acabou.

O meu tesão é risco de vida, tenho que gastar com psiquiatria, a questão fundamental da psicanálise, o médico não entende de filosofia, muito menos de economia.

Não poderá saber quem eu sou, ainda mais sendo sua análise fruto da cognição instrumentalizada.

Duas escolas em guerra, Chicago e Frankfurt.

Aquele menino que pretendia mudar o mundo, agora assiste tudo em cima do muro.

Ouvindo Foucault, não há mais verdade, o discurso a representação do poder político enganoso sustentador da extração radical da mais valia.

A subjetividade da fala do dominador.

Entretanto, preciso de uma ideologia para viver, já que não existe ideologia, a vida é um suicídio.

Todos os metadiscursos foram e são mentirosos, não tem consistência heurística.

Marxismo, cristianismo, liberalismo econômico, agora neoliberalismo.

Tudo que acontecerá a dominação, um bando de gado procurando solo fértil, porém encontrará trovões e raios caindo em terras desérticas.

A felicidade acabou.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 27/03/2020
Reeditado em 27/03/2020
Código do texto: T6899075
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