A psicanálise de Lacan e a neurociência.

Lacan filósofo e psicanalista francês, a ideia de sua psicanálise como instância do desconhecido, a razão como produto da ilusão, a alienação como fundamento da racionalidade.

Sendo portanto, a cognição sede da ignorância, o movimento, o reverso do espelho, cujo significado a memória imaginaria, a distorção da realidade, o não entendimento fenomenológico dos fatos.

Deste modo, efetiva-se o fenômeno da alienação racional, sendo o homem produto desta relação, como fruto das relações culturais, o sapiens é uma espécie essencialmente cultural.

A memória como produto do cérebro, funciona através do princípio da identidade, fundamentado por princípios antagônicos.

Entretanto, o que é fundamental em Lacan, a mecanicidade do funcionamento do inconsciente, instância da memória cognitiva não determinada racionalmente.

Lacan acha que a cognição está dividida, sendo o inconsciente separado da razão, possibilitando de certo modo, a autonomia do eu, trata-se naturalmente de um equívoco hermenêutico.

Deste modo, o importante seria o estudo do comportamento psíquico, pelo mecanismo do inconsciente que se impõe de forma substancial, como se de fato fosse a realidade vivenciada.

Portanto, é no inconsciente que deve ser situada a ação psicanalítica, entretanto, seu estudo psicanalítico efetivou-se em um tempo, em que a neurociência não era desenvolvida, como no presente histórico, o entendimento da memória em sua complexidade.

A velha acepção freudiana, ego, superego e ide, sendo o superego a instância controladora da relação entre o ego e o ide.

Com efeito, tal análise não é procedente, o cérebro funciona em uma perspectiva global, sendo o superego a ideologia epistêmica controladora do que é certo ou errado.

Portanto, a referida etimologia, entende-se sendo a própria consciência, o homem é complexidade do seu cérebro, Antônio Damásio.

O erro apenas um produto hermenêutico, no sentido da verificação ideológica do mundo ético, como produção cultural das valorações políticas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 25/03/2020
Reeditado em 25/03/2020
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