Explicação do livro de Aristóteles: Ética a Nicômaco, esse livro cai nos principais concursos públicos.

Aristóteles filósofo grego 384-322, nascido em Estagira Macedônia, discípulo e contestador de Platão, mentor de Alexandre o grande.

Aristóteles fundou a sua escola, Liceu em Atenas 335 a.C, sua obra é diversa, lógica, física, metafísica, moral, política e retórica, perseguido político, morreu com 62 anos.

Em sua obra divide em dez livros, o filósofo desenvolve uma análise a respeito do comportamento ético, refletindo o caráter.

Primeiro livro analisa a respeito do bem, das ações que levam ao bem, objetivo da civilização, sendo um ato em si mesmo, ato supremo.

O homem objetiva a construção da felicidade, que não poderá ser confundida com a honra, riqueza e prazer. No entanto, são aspectos importantes para efetivação da felicidade.

Segundo livro, estuda as virtudes, dividida em dois aspectos, intelectual e moral, aspecto intelectual refere a prática da transmissão, da moral ao hábito como exercício.

O excesso ou falta de virtude, pode ser ruim, na vida prática, a perspectiva é o meio termo, o homem deve sempre controlar suas paixões ou seja o mundo ideológico.

Portanto, por meio de atos justos constroem o processo civilizatório.

Terceiro livro trata-se da moral, a virtude está sempre relacionada com as paixões, voluntárias ou involuntárias, involuntário coação ou ignorância.

O ato moral voluntário facilita ao fazer algo como prática do bem na forma da ação, fundamental não agir por impulso, o homem precisa agir motivado pela construção da justiça social.

Quarto livro, as virtudes morais, a primeira a liberalidade, a defesa do termo entre ter e distribuir as riquezas, a relação da prodigalidade e da avareza, a riqueza precisa objetivar as boas relações sociais.

A relação da virtude com a magnificência e a produção da riqueza, objetivando a honra, o homem magnificente precisa ser íntegro, almejar a honra na defesa do bem comum.

Portanto, fundamental o discernimento, evitando comportamento enfurecido, contrariamente, o homem não consegue ser justo socialmente.

Quinto livro reflete a justiça e a injustiça, sendo fundamental a justiça a mais perfeita prática social, o justo é sempre virtuoso, honesto, sendo que a justiça na prática é igualitária em consonância com a desigualdade.

O justo é sempre proporcional na correção da desigualdade social, sendo o meio termo, o caminho que possibilita a igualdade entre as pessoas.

Sexto livro, refere-se a questão da virtude da cognição, racionalmente em relação a razão científica.

Sendo que a cognição sapiens fundamenta em três aspectos predominantes, sensação, intelecto e desejo.

O fundamento da ação, como forma de atingir um fim almejado, o mecanismo dispõe a um princípio moral.

O fundamento da ação, o próprio homem objetivando a justiça, sendo que a cognição tem a verdade como princípio, a razão intelectual o discernimento do que é justo.

Portanto, cognição e mundo intelectual são articulados, a sensação a efetivação da realização pela prática.

Deste modo, a cognição a exposição do conhecimento científico, mundo intelectual produto da sabedoria filosófica e da razão intuitiva, objetivando os fins almejados.

Sétimo livro, os vícios e demais práticas as quais homens virtuosos não desenvolvem, o primeiro a brutalidade, absoluta ausência de virtude.

Em relação aos vícios a vinculação ao mundo bárbaro, indisposição ao caráter no desenvolvimento da prática da incontinência, o homem sabe o que é certo ou errado, age por ausência de caráter na prática do erro, sendo injusto.

O que é importante entender reflete Aristóteles ninguém age contrariando a sua própria ideologia, deste modo, o julgamento envolve opiniões e paixões, o homem não julga em desacordo com sua convicção, motivo pelo qual poderá ser sempre injusto.

Sendo que a incontinência absoluta, são ações da riqueza, funciona por meio da cólera, não objetivando a honra, sendo assim, o homem bom precisa ser forte e temperante, não deixar se levar por suas ideologias, entretanto, fundamental ter desenvolvido a prática do bom caráter.

Oitavo livro a defesa da amizade, é a virtude fundamental ao homem, não adiante ser rico, ter poder e não ter amigos.

Amizade possibilita a segurança, o homem em grupo agem melhor para prática do bem comum, todavia, amizade uma afeição reciproca, a pessoa pode dar e receber, portanto, uma ação duradora.

No entanto, amizade não pode ser confundida com benevolência, desejar o bem a uma pessoa, não necessariamente tem que ser amigo.

Nono livro a questão da amizade política, objetivando remuneração, tais relações não levam amizade em si, portanto, não são duradoras, acordos convencionais, objetivando vantagens institucionais.

As denominadas amizades utilitárias, desfazem em novas circunstâncias em um círculo vicioso de oportunismo, deste modo, funciona o mundo político.

Portanto, as relações viciosas as pessoas más se unem para praticar o mau, as virtuosas o bem, em referência ao mundo político institucional.

Décimo livro, Aristóteles reflete a respeito do prazer, pois a felicidade faz parte da natureza humana, o prazer pode ser bom ou mau.

O homem não pode ser escravo do prazer, as fontes do prazer não podem ser viciosas, o homem justo sente prazer com coisas justas.

O homem precisa ser educado para o prazer, o legislador precisa legislar objetivando o bem comum, combatendo vícios e privilégios, em defesa do comportamento adequado.

O legislador precisa ter conhecimento para legislar evitando por meio das leis que as pessoas sejam ruins, a má conduta tem que ser combatida a qualquer preço.

O papel do parlamento, no uso da boa ciência, todas ações precisam objetivar a felicidade, na superação das paixões no desenvolvimento do bom hábito.

Em síntese refletiu Aristóteles, a justiça é a virtude perfeita em consonância com a lei adequada, objetivando a distribuição das riquezas.

Sendo fundamental o desenvolvimento das práticas sociais, o homem deve sempre agir coletivamente, objetivando o processo civilizatório.

A justiça social é fundamental, para tal, necessário a prática da ética, não há democracia com desigualdade social, sem democracia não existe processo civilizatório.

A política tão somente a política é o caminho para construção da civilização, por meio das ações justas.

A ética do catolicismo fundamenta-se em Nicômaco, das religiões pentecostais, na ideologia da Escola de Chicago, razão do conflito entre católicos e evangélicos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 17/02/2020
Reeditado em 17/02/2020
Código do texto: T6867849
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