Sartre e Camus, duas análises fenomenológicas ao mesmo tempo.
Prefiro a realidade disse Sartre a Camus, a verdade é crua e nua, o homem precisa apenas de ter percepção correta.
O grande desejo epistemológico.
O que é a verdade perguntou Camus a Sartre, a vontade que a ideologia não seja um engano.
Camus, exatamente, da forma que é, estamos aqui para efetivação do engodo, deus uma ficção da imaginação.
Sendo assim, a mais absoluta ilusão, amanhã será outro dia, deste modo, consecutivamente, não tem como ser diferente, melhor que seja desta forma.
Existe sentido porque não há sentido.
O sentido de tudo é ausência de sentido, se existisse algum sentido, a vida não teria razão ser, a vida só tem significado, pela falta de finalidade.
Sartre, exatamente, a ausência, somos livre porque não há liberdade, acredito no livre arbítrio.
Camus, uma força estrutural na memória que impulsiona tudo por meio do instinto.
Sartre, o homem é a memória estruturada, o mundo é a negação da liberdade, o princípio da identidade alienada, faz o homem ser o que é.
Camus, o que é então o homem, a ausência de cognição libertária, o homem é a cognição da memória estabelecida.
Camus, o homem não é nada em si mesmo, não passa de uma probabilidade infinita.
Entretanto, o homem é o responsável infinito dessa probabilidade.
Sartre, com efeito, a grandeza do homem consiste na sua decisão de ser mais forte que a condição humana.
Uma lástima o homem é sua imaginação ideologizada,
Camus, não se pode criar expectava, fundamental viver a vida, entendendo o passamento, a realidade é o mais absoluto silêncio.
Sartre, importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
O ser da consciência não coincide consigo mesmo em uma adequação plena.
Portanto, a característica da consciência é que ela é uma de compressão do ser.
É impossível, com efeito, defini-la como coincidência consigo própria.
Camus, o mundo é a ilusão da verdade, o medo da realidade, tudo que sabemos que após a passagem, a realidade será o anti caminho, o brilho da felicidade a crença na ideologia da mentira.
Camus, ingenuidade da mentira como se fosse verdade.
Sartre as interpretações metafóricas.
Camus, teria uma noite toda para dormir, a tarde para contemplar a escuridão concentrada, o que será o novo dia, a produção de uma nova tarde.
Melhor que seja deste modo, senhor Sartre, a verdadeira convicção é sempre enganosa.
Razão pela qual prefiro a descrença da crença.
Edjar Dias de Vasconcelos