Metáforas incomprensiveis das imaginações idiossincráticas.

É preciso saber entender tudo que não sou, para poder saber o que sou, o que sou é exatamente o meu não ser.

Motivo pelo qual não compreendo a minha a minha existência, todavia, sei que sou a claridade substancializada na escuridão.

Portanto, procurando superar a ingenuidade das ilusões, entretanto, não estou preso em uma caverna, por ser ainda uma grande cratera.

Construindo o entendimento e perdendo a minha essência, superando as acidentalidades aristotélicas.

Tenho medo da saberia porque ainda sou produto da ignorância, deste modo, sentido a própria solidão, não pela ausência de outros, todavia, pelo fato da minha insignificância.

Com efeito, sou como uma nuvem voando no infinito, tudo que encontro apenas a infinidade do universo aberto.

Sonhando entender a epistemologia, o meu universo é a dignificação de uma passagem interminável dentro dos meus desejos limitados.

O que posso pensar do Edjar, tão somente a vontade de compreender todas metáforas, entretanto, o sonho das memórias indeléveis reconstruídas nos elos da incausalidade.

Se não fosse o bipedismo, a evolução do som, a construção da cognição, seria eternamente o terceiro chimpanzé, jamais teria descido das árvores

Se não fosse a sopa primitiva na Etiópia, a origem do primeiro DNA mater, o que poderia ser, a repetência interminável dos átomos quânticos.

Quantos mais procuro compreender o mundo, menos compreendo a minha existência.

Sei o quanto os loucos são normais, o medo da psicopatia, pois a sua manifestação, a representação da instituição cultural de tudo que ideologicamente propõe ser correto.

Sou em relação a um instante tão perto das proposições incompreensíveis, como são nossos sonhos.

Sou a luz da cegueira, motivo pelo qual sou cego.

Se não fosse o sexo, não existiria a contemplação, muito menos os deuses construindo paraíso nas imaginações.

O espirito é o princípio dos hormônios constituídos no sangue, testosterônico e estrogênico.

O que é a química como afeto, a não serem as variações ideológicas, quando o ser é o mesmo DNA, as diferenças, resultadas da distância da terra em relação o sol.

Quando exaurir o sol, entrar em exaustão a energia de hidrogênio, tudo ficará escuro e frio, o infinito encherá de gelo, será o começo da ressurreição da matéria.

Sou a eterna repetição do mesmo átomo quântico, apenas a continuidade dos elos, enquanto existir a espécie sapiens.

O mundo é uma passagem tenebrosa ao meio de um campo desértico, cheio de flores, exaurindo perfume, encantando a existencialidade do instante.

Sou apenas esse instante completamente incompreensível.

Edjar Dias Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 09/02/2020
Reeditado em 09/02/2020
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