Kant: qual a relação dialética do conhecimento empírico com o racionalismo.

A etimologia racionalismo deriva do latim, ratio, cujo significado razão, o termo é entendido a razão como instrumento para chegar a verdade.

Portanto, como refletiu Descartes, não podemos nos enganar pelo pensamento.

Com efeito, não devemos deixar persuadir, a não ser pela evidência da nossa razão.

Entretanto, o que é a evidência racional como produto da lógica formal aristotélica, a não produção das contradições na racionalidade cartesiana.

Tudo isso é muito abstrato para Kant, a verdade jamais será produto da radicalidade epistemológica.

Kant defende uma tese dialética entre o empirismo e racionalidade, todo conhecimento inicia com a experiência.

Entretanto, o empirismo sozinho não consegue desenvolver o conhecimento.

O conhecimento é também produto de uma cognição organizada, é a cognição que organiza os dados da experiência.

Para tal, Kant procurou entender como funciona o sujeito cognitivo a priori.

Como a cognição está estabelecida antes de qualquer experiência, o que pode ser chamado de episteme ideológica.

O cérebro é constituído de memórias estruturais, são as formas sensíveis do entendimento, essas formas deturpam o conhecimento, ideologizando o saber.

Entretanto, não existe conhecimento sem as memórias estruturais da mente, sendo que as memórias determinam o conhecimento.

Deste modo, a experiência fornece a matéria do conhecimento, a razão tem como função a organização da matéria fornecida.

Sendo assim, as formas estruturais das memórias determinam o conhecimento, as estruturas existentes a priori do cérebro, o que é compreendido de apriorismo kantiano.

Então, o conhecimento empírico também é determinado aprioristicamente pelo racionalismo cartesiano.

O cérebro que conhece não consegue libertar-se de suas estruturas cognitivas estruturais no ato do conhecimento.

Motivo pelo qual todo conhecimento elaborado, costuma ser em parte, produto projetivo das memórias cognitivas estruturais.

Sendo assim, necessário ter cuido com a hermenêutica no uso interpretativo fenomenológico, do mesmo modo, com a experiência como resultado do método indutivo. .

Não existe conhecimento fora do mundo das memórias cognitivas estruturais.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 06/02/2020
Reeditado em 06/02/2020
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