Deleuze a representação dos conceitos e a epistemologização das proposições fenomenológicas.

Deleuze magnífico filósofo especialista em hermenêutica, formulou uma exuberante teoria epistemológica, os conceitos não representam as realidades fenomenológicas.

O que é o conceito, a negação parcial ou total da verdade representada através do objeto, de tal modo, igual como é a lógica formulada na memória cognitiva.

O princípio da lógica formal dedutiva aristotélica, aplicada as ciências do espírito, em menor proporção na lógica formal indutiva produto das ciências da natureza.

Deste modo, não há a lógica como pressuposto da verdade, a verdade apenas a projeção hermenêutica da memória ideologicamente formatada.

Portanto, parcial ou totalmente, depende evidentemente de sua epistemologização.

Na física moderna, a partir da superação da física clássica de Newton, a formulação da física quântica, física de partícula desenvolvida por Einstein e a física de ondulação por Heisenberg.

Em Einstein a construção da teoria da relatividade, todo conhecimento empírico é relativo, a impossibilidade da objetividade indutiva no conhecimento do objeto em questão.

Com efeito, do mesmo modo, a teoria quântica na física de ondulação elaborada por Heisenberg, o desenvolvimento do princípio da incerteza na medição quântica do átomo, sua velocidade e tamanho, sendo a incerteza como produção do conhecimento epistemologizado.

Outro cientista fabuloso Bachelard, filósofo, matemático e físico, elaborou nas ciências da natureza, como também nas ciências do espírito, a teoria do conhecimento aproximado.

Com efeito, a não objetividade da epistemologia, Bachelard um cientista radical seja qual for a natureza do saber, muito menos aproximado quando mais a hermenêutica for aplicada a fenomenologia do espírito.

Em referência a fenomenologia aplicada a hermenêutica do entendimento epistemológico, Kant formula a ideia que o objeto é a compreensão do sujeito, não a realidade objetiva do fenômeno estudado.

De tal modo, a impossibilidade do conhecimento enquanto fato fenomenológico objetivo.

Do mesmo modo, para Schopenhauer o conhecimento como vontade do sujeito representado, na verdade o saber é o próprio desejo da vontade de domínio do sujeito ideologizado, assim a memória substancializa a epistemologização do conhecimento epistêmico.

Nietzsche o grande filósofo perpassando os séculos XIX e XX e substancializando o início do século XXI, defende a seguinte tese, não existe texto, muito menos contexto.

Portanto, existem apenas interpretações ideologizadas, desta forma, funciona a hermenêutica.

O saber no mundo fenomenológico apenas uma ideologização cultural do entendimento, o que é a verdade fenomenológica apenas a ideologia do mundo cultural substancializada na memória sapiens.

Por último o grande filósofo Michel Foucault o idealizador da hermenêutica do sujeito, o que é o conhecimento, a subjetividade da interpretação, o conhecimento uma ideologia subjetiva, não existindo portanto, a objetividade no conhecimento, sobretudo, no campo da fenomenologia.

Portanto, o saber hermenêutico é superficial, subjetivo e cultural, está preso ao tempo histórico, produto de manifestações culturais, sendo a realidade incompreensível do ponto de vista da objetividade.

Deste modo, o saber epistemologicamente é apenas a sistematização subjetiva dos aspectos culturais fenomenológicos, o mundo pós contemporâneo caracteriza como mundo da pós verdade, a não existência da verdade.

Sendo deste modo, a morte definitiva do conceito, a etimologia como negação da representação da realidade, se as proposições só existem pelo fato de trabalharem com as etimologizações negativas, como muito bem formulou Deleuze.

Com efeito, desta forma, qualquer conceito não representa mais o desenvolvimento epistemológico das lógicas formais dedutivas ou indutivas na formulação da verdade, motivo pelo qual a caracterização do mundo como era da pós verdade.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 13/01/2020
Reeditado em 13/01/2020
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