O homem pós contemporâneo não tem afeto, busca no amor a proteção do status quo.
O homem pós contemporâneo, não tem afeto, busca no suposto amor a efetivação do status.
De tal modo, o referido procedimento funciona no inconsciente coletivo, como procedência afetiva.
Refiro homem na etimologia sapiens, sentido etimológico refere-se a humanidade.
Homens e mulheres, deste modo, o amor é impossível, a lógica do afeto, a representação da luta de classes, fruto hoje da sociedade neoliberal.
A pessoa busca no outro a sua própria garantia existencial, a lógica da sociedade capitalista.
A espécie sapiens, move se pelo interesse econômico, em todos aos aspectos da vida, deste modo, o homem não poderia ser diferente no afeto.
Com efeito, a afeto é institucionalizado como prostituição, o sexo é vendido.
Exatamente pelo fato do sexo ser comprado é descartado, como se descarta qualquer objeto.
Tal procedimento é a lógica do processo civilizatório, homens e mulheres são prostitutos, na verdadeira acepção do comportamento tradicional.
Não sei se poderiam ser diferentes, comportam tal qual a ideologia civilizatória, neste substrato político e social, homens e mulheres são objetos sexuais.
Vivemos em uma sociedade liquida, sem valoração moral, a única ideologia prevalente o desejo de domínio, o que é o sexo apenas consumo.
Deste modo, o sexo é vendido, costuma ser muito caro, os homens que entendem essa lógica, preferem a prostituição clássica.
Objetivam o sexo, pagando pouco, buscando a variação de consumo, sendo deste modo, o afeto não tem sustentabilidade.
O mundo pós contemporâneo, não fundamenta no amor, contrariamente, sustenta-se no ódio, as pessoas detestam umas as outras.
Precisam detestar pois a única finalidade da existência é o domínio, na extração da mais valia, na construção do poder econômico.
Essa lógica de dominação do homem pelo homem, está substancializada no instinto sapiens e perpassou todos tempos históricos, culturas distintas.
No entanto, agravou-se com o Iluminismo moderno, na criação da democracia, como fruto do liberalismo econômico, hoje neoliberalismo.
Com efeito, o sexo é uma mercadoria comercializável como é qualquer materialidade no livre mercado.
Deste modo, o amor é uma utopia ingênua, daqueles que não entendem o funcionamento do instinto, na evolução da sociedade produtiva em direção a sociedade pós contemporânea.
Portanto, se o afeto oferecer status mútuo é possível prevalecer o amor, contrariamente, será apenas produto comercializado pelo mercado sexual.
Edjar Dias de Vasconcelos.