Um olhar perplexo diante das lamentações.

Agora que entendo o tempo, o silêncio sendo terrível, vejo as velas de um barco, o infinito escurecendo.

Nesse instante acordado, percebi os trovões em solos desérticos.

Compreendo o ódio sustentando o rancor, a medo da liberdade, o Brasil fundamentado no terror.

Como que eles assumiram a perdição do destino, a maldição da crença infundada.

Se aquela cruz não tivesse existido em terra desértica, teriam inventando outra imagem qualquer.

Até sei de onde venho, entretanto, nada disso resolve a ilusão do desdém.

A peça da imaginação quebrada, a porta com nova fechadura,

uma dúvida insuportável a natureza dos sonhos perdidos.

Então eu pergunto como está o coração,

venho do ar respiro as intuições, compreendendo as ilusões.

Só desejo saber como foram efetivadas as imaginações.

Estava preso no infinito, desci ao campo aberto, para entender as recordações, não me pergunte o que penso desta terra.

Imperdoável, o pensamento deles, uma onda de dor, como se fosse o hidrogênio brilhando antes do sol nascer.

Resolveram apostar no desespero, um monstro com uma espada, melhor a caverna que o brilho que leva a montanha.

Entretanto, uma armação, as grandes paredes, não compreenderam o tamanho das ondas do ar.

O que virá poderá ser a continuidade do tempo perdido entre as convicções de um mundo maldito.

Tarde demais, as lamentações.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 15/12/2019
Reeditado em 15/12/2019
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