Explicação do livro: Do mundo fechado ao universo infinito, o novo cosmo pós contemporâneo.
Alexandre Koyré, magnífico historiador das ciências, escreveu um exuberante livro.
Do mundo fechado ao Universo infinito, a história das ciências e a nova cosmologia.
Do mundo helênico a pós contemporaneidade, como evoluiu historicamente o cosmo, superando as diversas ideologias e tempos históricos.
A nova conceituação cosmológica, nasceu exatamente da filosofia renascentista, superando o aristotelismo medieval.
Com o nascimento do Estado Moderno, com o surgimento da Filosofia Iluminista, de um mundo fechado tornou-se aberto e infinito, conforme hoje a pós contemporaneidade, o infinito indeterminado.
Não tem mais sentido o cosmo grego, do mesmo modo, o cosmo medieval, a superação da própria modernidade.
Com efeito, o mundo define-se pelo cosmo pós contemporâneo, infinito, sem centro e ilimitado.
A ideia da subjetividade, a incompreensão fenomenológica dos fatos e a incompletude do método indutivo empírico.
Tudo que se pode saber é a incerteza, a respeito do átomo quântico, o conhecimento aproximativo de Bachelard ou a relatividade de Einstein.
Quanto aos fatos fenomenológicos a interpretação como resultado de hermenêuticas ideológicas associadas as epistemologias diversas e complexas.
Com efeito, o mundo não tem limites, não é hierarquizado, não tem sentido a hierarquização do poder político, como pensou Foucault, a não ser com a finalidade de consubstanciar o domínio econômico.
O cosmo não tem centro, muito menos o infinito, da mesma forma, as epistemologias.
O universo é infinito, sem hierarquização, todo mundo é igual tem o mesmo valor psíquico genético.
Não tem razão de ser a estruturação de classe social, a não ser a perversa ideologia neoliberal, a serviço do capitalismo financeiro.
Do ponto de vista da genética somos exatamente os mesmos, as diferenças são ideologias culturais.
O DNA é único para todos os animais, somos exatamente um grande parentesco.
Fundamental a superação da mistificação geométrica, a permanente ruptura com os aspectos contemplativo da vida social em referência todos os aspectos.
A ciência precisa ser operativa, necessário operação na natureza, dominá-la em benefício da humanidade, não na perspectiva da defesa da luta de classe.
O modelo civilizatório, não fundamenta mais em nenhum dos cosmos substanciados em mecanismos produtivos excludentes.
A superação também da modernidade, do liberalismo econômico, do socialismo e hoje do neoliberalismo.
O único modelo civilizatório de desenvolvimento econômico aceitável, o social liberalismo.
O desenvolvimento com a divisão da renda, a equalização dentro da produção, em defesa de um Estado do bem estar social.
Todos que estão contra esses fundamentos são inimigos dos trabalhadores e do processo civilizatório.
A nova era histórica exige um novo posicionamento filosófico frente a construção do processo civilizatório.
Edjar Dias de Vasconcelos.