A eternidade da ressurreição dos deuses.

Nada poderá existir eternamente nesse pequeno planeta, tudo vai fluir.

Do mesmo modo, nos múltiplos mundos paralelos.

A eternidade é o desaparecimento, até os sinais da escuridão não prevalecerão.

Muito menos poderá existir a claridade.

Chegará o momento em que o tempo, não será o próprio tempo, tudo que existirá, apenas o vácuo, o interminável vazio.

Todas as coisas desaparecerão como se antes nunca existissem em bilhões de galáxias.

Apenas o medo das ilusões na compreensão de tais proposições.

Desaparecerá o infinito, não existirá a linguagem para fabricar as ideologias, restará por um pequeno espaço o instinto.

O que será então, nem mesmo a intuição do nada, o que está sendo no mundo, não será.

A ideia do nada é incompreensível ao próprio nada, pelo fato da inexistência de todas as coisas.

Com efeito, nesse instante nascerá a ausência como sustentáculo do anti princípio.

A realidade é o antifundamento da insubstancialidade efetivada na ilusão do entendimento.

Quando chegar o instante, em que o próprio momento não terá sentido,

será a exaustão total dos múltiplos universos.

Uma história tão pequena aos acontecimentos dos fatos, as palavras não serão reconhecidas.

A fluidez de todas as coisas, não reconhecerá a alma sem espírito, a escuridão o vazio sem reconstituição.

Morrer será muito maior que existir, nesse tempo, o silêncio será a voz de todos os inexistentes.

No entanto, qual a problemática fundamental, os ouvidos não foram reformulados.

Um permanente sono recobrirá nossos olhos, destruindo o desejo de sorrir.

A eternidade do vazio continuado, os deuses estão lá ressuscitados como estátuas imortais.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 30/11/2019
Reeditado em 30/11/2019
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