A origem das três almas em Platão e o poder das cidades Estado no mundo grego.

Platão 428-347 a, C.

Para Platão cada pessoa possui exatamente três almas, não apenas uma alma, prevista pelo judaísmo cristão.

Portanto, quais são as almas defendidas por Platão, a primeira trata-se da alma desejante, especifica Platão.

Portanto, a alma como produto do instinto, incontrolável pela racionalidade cognitiva, o mundo animal funciona tão somente por meio da alma instintiva, o homem como animal tem a alma referida.

A segunda alma platônica, classifica-se como alma irascível, que fundamenta no princípio da defesa do homem.

Todavia, não pela funcionalidade racional, a defesa natural da vida, tipicamente do homem comum sem instrução cognitiva.

Por último, a alma cognitiva racional, tipicamente das pessoas cultas, a alma em consonância como produto da evolução do espírito.

Portanto, adquirida por meio da processualidade evolutiva, na superação dos ciclos de reencarnação atingindo o ápice pelo aperfeiçoamento.

Com efeito, a alma racional sustenta-se no conhecimento, o indivíduo sábio, evoluído.

Fundamental o equilíbrio entre as três almas, estabelecendo como fundamento, o principio hierárquico, sendo a alma cognitiva racional preponderante.

Platão transportou a ideia das três almas, para o mundo produtivo político, a cidade é dividida em três classes sociais.

A classe que fornece a produção material da riqueza, corresponde a alma desejante, faz parte do instinto, como se fosse animal.

A alma irascível corresponde a classe que defende a cidade, os militares.

Por último a alma racional cognitiva, a classe que governa cidade, composta por pessoas cultas, os sábios denominados de filósofos.

Platão não era favorável a democracia pelo fato de ser o poder do povo, quem governava era gente do povo, cuja alma estava substanciada em graus inferiores.

Só os filósofos poderiam governar a cidade, deste modo, o corpo social de uma sociedade composta por três almas.

A justiça funcionaria pelo equilibro das três realidades substanciadas no corpo, cada realidade cumprindo seu papel, respeitando o princípio hierárquico, o comando da razão cognitiva.

Edjar Dias de Vasconcelos.