Sygmunt Bauman: A sociedade líquida as causas do suicídio.

O mundo pós contemporâneo, fundamentado no neoliberalismo como refletiu Foucault, a mais absoluta subjetividade, a verdade é apenas uma interpretação ideológica hermenêutica.

O homem como produto das relações produtivas entendido como coisa, sem sentido a vida, a existência tem como finalidade a produção do status quo do dominador.

Como refletiu Nietzsche, não existem razões objetivas para o entendimento epistemológico, as hermenêuticas são ideologias sustentadoras do massacre humano.

A modernidade foi superada, a exegese de Zygmunt Bauman, a realidade a mais absoluta fluidez, tudo é líquido, move continuamente, superando-se a cada instante, sendo o homem a sua destruição.

A única coisa que permanece é o consumo, fundamentado na escravização do corpo e alienação do espírito, o corpo vendido como força do trabalho, quando enfraquecido jogado as margens.

Portanto, o neoliberalismo é em si uma organização criminosa, seus defensores os agentes organizados do crime.

Tudo desgasta, o fundamento é a troca, a lógica neoliberal das relações sociais, quando o trabalhador não corresponde ao trabalho é substituído como peça.

Deste modo, funciona a memória psíquica sapiens, o jovem não aguenta o massacre, vem a depressão, posteriormente, o suicídio, entretanto, escolher como opção política o neoliberalismo.

Ninguém gosta de ninguém, as relações humanas são substituídas instantaneamente, o valor é apenas a produção.

Com efeito, o afeto, o sexo, iguais a qualquer outro objeto, as coisas nasceram para ser substituídas, as pessoas são desgastadas, devem ser trocadas.

Só a própria pessoa pode gostar dela mesma, o amor é inexistente, por essa episteme, tudo acaba a qualquer momento, a fluidez das relações sociais e afetivas.

A ideologia do consumo e da produção a consciência instrumentalizada, motivo pelo qual a pessoa é entendida como objeto, sem valoração sentimental.

A duração de qualquer coisa é efêmera, a ideologia da eliminação, nesta lógica não existe afeto, o que há mesmo é apenas o prazer, o aspecto epicurista da felicidade

Assim como se troca de celular, troca-se de pessoa, nada foi feito para durar.

A pós contemporaneidade líquida funciona exatamente deste modo, a substituição é a força motriz de todas relações, o fundamento a exploração máxima.

Não existem relações estabelecidas entre as pessoas, o outro é entendido como objeto, usado, consumido é jogado fora, as razões pelas quais os jovens se suicidam.

Portanto, ficam depressivos não aguentam a vida, entendem como solução a morte, diante de um modelo econômico político sem saída, o neoliberalismo.

As pessoas são mercadorias, como tais comportam no mundo do trabalho, não existe possibilidade para as relações contínuas.

O conceito central para o mundo em nossos dias é a ideologia líquida, o ser humano como produto o qual deve explorado maximamente.

As instituições já não são mais estabelecidas, o outro não é absolutamente nada.

Não existem mais relações humanas, as pessoas transformaram em coisas, desgastadas são substituídas.

A emocionalidade coisificada, a vida tem exatamente tal perspectiva, nada mais funcionará a não ser pelo mecanismo da troca, do mesmo modo, as relações produtivas.

O ser humano é o próprio sujeito da destruição, o suicida é aquele que contesta o neoliberalismo como organização criminosa contra o processo civilizatório.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/11/2019
Reeditado em 09/11/2019
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