Uma metáfora: prisão na segunda instância e uma partida de futebol.

Dois times de futebol, em uma decisão de campeonato, o juiz resolve encerar a partida exatamente aos 45 minutos do segundo tempo.

O empate favorece um dos times, o juiz é torcedor do time favorecido, desse modo, o time favorecido é campeão.

Durante a partida foram oito minutos de interrupções, que não foram acrescentados.

Pergunto isso é eticamente correto.

Na vida real tudo é processualidade, imagine alguém proibir um aluno que deseja ser médico, ter que parar de estudar depois do ensino médio.

Não sou contra a prisão na segunda instância, pelo contrário defendo, muitos países a prisão é na segunda instância, portanto, a Constituição deve ser mudada.

Não sou favorável a prisão na segunda quando tem objetivo de prender alguns políticos, outros acabam não sendo presos.

Entretanto, existe uma ordem jurídica para o Brasil, a partir da Constituição.

Sou favorável que tudo seja na segunda instância, ganhei processos contra o governo na segunda instância.

O Estado recorreu tenho que esperar milhões e milhões de anos para ganhar o processo em definitivo, moral da história jamais receberei o dinheiro.

Milhões de brasileiros estão na mesma situação, tudo resolveria se o Supremo defendesse a segunda instância como regra geral.

O Supremo está errado, pelo fato de defender que só a prisão tem que ser em segunda instância, tal motivação em si é política e não jurídica.

Se o Supremo decidisse que todas as ações fossem decididas na segunda instância, seria defensor da prisão em segunda instância.

Portanto, não iria ferir a cláusula pétrea, o princípio da isonomia, pois todas as ações seriam na segunda instância.

Os defensores da prisão em segunda instância precisam mostrar ao povo que os países em que as prisões são em segunda instância, todas as ações jurídicas terminam na segunda instância, defendo exatamente tal preceito jurídico.

O Parlamento, precisa estabelecer a segunda instância como regra geral, mudando a Constituição não apenas para as prisões.

Com efeito, assim a nação economizaria milhões e milhões de reais para a saúde, educação e segurança, o povo receberia o dinheiro ganho nas ações.

Talvez quando o Lula morrer, acabe a necessidade da prisão em segunda instância.

Quanto a partida de futebol, os minutos precisam ser acrescentados.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/10/2019
Reeditado em 25/10/2019
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