Metáfora de uma linguagem incompreensiva.

Uma tristeza terrível o coração bate cheio de lágrimas, os olhos sorrindo de pela crueldade.

Os lábios vermelho de tanto comer carne apodrecida.

Uma verdadeira cassada, a alegria daqueles que preferem ser carniça.

A verdadeira metáfora, os sinais da pastagem, então uma coletividade de leões em pleno deserto.

Aos poucos arrancam todas as partes do corpo, a sombra dos vermes, os pássaros carnívoros.

A impiedade como luz do sol queimando os ossos, a noite o frio provocando pneumonia no cérebro.

Nem o diabo uma ideologia anti divina seria tão cruel, a esperança como futuro, a sobra como pó químico misturado a natureza.

No futuro será outro tempo, o começo da retratação do presente, uma onda de energia perdida nas nuvens.

Então deus felicitará a própria desgraça, qual o sentido de tanto ódio, muito melhor o suicídio.

A maldição como imagem do sonho destruído, o sol transformará em buraco negro.

Deste modo, o infinito coberto de gelo, a extensão do instinto, a sepultura vazia, como se existisse um trilho para o universo.

Pés trôpegos cortados por laminas ideológicas, o inferno a própria misericórdia.

Haverá o momento da exaustão, os contempladores serão suas pastagens.

Um eco silencioso o último suspiro, a demolição do próprio instante, a metamorfose dos pássaros transformado em vermes.

Então o sol deverá parar a meia noite, no outro dia não haverá mais claridade, boca ficará seca com tanto sangue.

Os contempladores serão comidos pelos vermes.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 02/10/2019
Reeditado em 02/10/2019
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