Metáfora de uma linguagem incompreensiva.
Uma tristeza terrível o coração bate cheio de lágrimas, os olhos sorrindo de pela crueldade.
Os lábios vermelho de tanto comer carne apodrecida.
Uma verdadeira cassada, a alegria daqueles que preferem ser carniça.
A verdadeira metáfora, os sinais da pastagem, então uma coletividade de leões em pleno deserto.
Aos poucos arrancam todas as partes do corpo, a sombra dos vermes, os pássaros carnívoros.
A impiedade como luz do sol queimando os ossos, a noite o frio provocando pneumonia no cérebro.
Nem o diabo uma ideologia anti divina seria tão cruel, a esperança como futuro, a sobra como pó químico misturado a natureza.
No futuro será outro tempo, o começo da retratação do presente, uma onda de energia perdida nas nuvens.
Então deus felicitará a própria desgraça, qual o sentido de tanto ódio, muito melhor o suicídio.
A maldição como imagem do sonho destruído, o sol transformará em buraco negro.
Deste modo, o infinito coberto de gelo, a extensão do instinto, a sepultura vazia, como se existisse um trilho para o universo.
Pés trôpegos cortados por laminas ideológicas, o inferno a própria misericórdia.
Haverá o momento da exaustão, os contempladores serão suas pastagens.
Um eco silencioso o último suspiro, a demolição do próprio instante, a metamorfose dos pássaros transformado em vermes.
Então o sol deverá parar a meia noite, no outro dia não haverá mais claridade, boca ficará seca com tanto sangue.
Os contempladores serão comidos pelos vermes.
Edjar Dias de Vasconcelos.