Brasil - O coloquial e a norma gramatical
Podemos perceber que a língua Brasileira cada vez mais foi se afastando de sua pátria mãe que é Portugal.
Diante disso muitos alunos e professores percebem a dificuldade de aprender e ensinar a língua Portuguesa, por isso temos um desafio: como aprender e ensinar quando mal se entende a língua de fato, por exemplo, poucos sabem diferenciar um verbo de um substantivo, ou ao menos o conceito de adjunto, predicativo ou o que é sujeito e suas derivações.
O Brasileiro adquiriu o hábito de se expressar, ler e escrever de modo “coloquial”, pois possui aversão a antiga “análise lógica” devido a sua complexidade e necessidade de estudo da língua. Se lermos e analisarmos a morfologia e sintaxe do livro “memórias póstumas de Brás Cubas – do autor Machado de Assis”, entenderemos como a língua era mais “galante”, porém nos dias atuais, até devido à mudança de cultura e com o advento da tecnologia e internet, não seguimos mais algumas normas linguísticas de outrora.
Podemos lembrar que há muitas décadas pronunciávamos e escrevíamos de modo diferente, cabe lembrar como teatro era escrito: Theatro - com TH e farmácia era Pharmacia - com PH, a língua se modificou gramaticalmente para não ter esse aspecto de complexidade.
Outro motivo de aversão que muitos possuem da língua Portuguesa seria às regras: por exemplo, funções sintáticas, agente da passiva, objeto direto e indireto, verbo transitivo e intransitivo. Essas regras e nomenclaturas devido a sua complexidade de certo modo assustam alguns Brasileiros.
Além disso, no contexto da língua Portuguesa devemos analisar se no texto o período será simples ou composto, quantos verbos há na frase, a lógica dos predicados, se a concordância será nominal ou verbal, ainda temos próclise, mesóclise e ênclise, além da regência adequada.
Podemos concluir que todas essas análises justificam a aversão que muitos possuem pela antiga “análise lógica”.
Só não podemos admitir o empobrecimento da nossa fala e cultura.