O que é a Fenomenologia e sua história epistemológica.

A Fenomenologia são diversas correntes filosóficas, cada uma com sua hermenêutica própria, no favorecimento da percepção da realidade.

A Fenomenologia aplica tão somente nas ciências sociais, denominadas de ciências do espírito.

A Fenomenologia nasceu com a metafísica, todavia, superou a metafísica, transformando em uma epistemologia científica.

Entretanto, não existe uma fenomenologia em si, foi reelaborada com a teoria da intencionalidade por Edmundo Husserl.

São múltiplas as hermenêuticas fenomenológicas, toda análise fenomenológica depende em última instância da tendência hermenêutica escolhida.

O que é a verdade fenomenológica, a ideologização do fenômeno escolhido.

Desse modo, na Filosofia pós contemporânea, sobretudo, na obra de Foucault, A Hermenêutica do Sujeito, ficou definido a impossibilidade da objetividade científica, no uso da lógica dedutiva clássica.

As compreensões reinam pela a subjetividade, a verdade é apenas aproximada, A Teoria do Conhecimento Aproximado, Bachelard, Nietzsche, a verdade é uma interpretação cultural ideológica.

Sendo assim, impossível o espírito cognitivo objetivo, o desenvolvimento absolutamente crítico da realidade, seja qual for o fenômeno estudado.

Com efeito, a fenomenologia nada mais é do que aquilo que o sujeito conhece, a respeito da intencionalidade heurística.

Na física, o princípio da incerteza em Heisenberg e a relatividade em Einstein, em Karl Popper, o princípio da refutabilidade, a mais absoluta destruição do espírito positivista aplicado a fenomenologia.

A realidade é diferente da estrutura cognitiva do sujeito pensante, Kant, o sujeito é estruturado epistemologicamente com determinadas ideologias, tais ideologias permanecem na estrutura linguística.

Portanto, o sujeito não liberta das deformações cognitivas na percepção da realidade, Antônio Damásio.

O fenômeno passa ser a deformação ideológica do sujeito, a mente humana é o próprio cérebro constituído, desse modo, o homem é o seu cérebro, não existe o homem fora do cérebro cognitivo, Damásio.

Para Heidegger o ser tem uma memória formatada, está no mundo, é produto do mundo, do tempo e da histórica, das diversidades culturais.

Para Marx o homem é sua produção ideológica, fruto das relações sociais, o homem compreende o mundo, na perceptiva da deformação, razão pela qual o homem é alienado.

Na fenomenologia de Schopenhauer o homem é a reprodução ideológica da sua vontade, como desejo de dominar uns aos outros.

Desse modo, o homem pensa e reflete na formulação dos mecanismos de dominação, a ideologia é o desejo de domínio.

Como existem diversas hermenêuticas aplicadas a fenomenologia, as percepções são ideológicas, subjetivas, parciais, não representam a verdade e tem como proposição o engano, sendo as epistemologizações subjetivações.

Com efeito, a fenomenologia é um instrumento acadêmico, através do qual não é possível adequar a verdade do sujeito a realidade do objeto.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/08/2019
Reeditado em 24/08/2019
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