Oito Exercícios de Lógica

Oito Exercícios de Lógica (vários autores)






1. Dizer que os índios eram legítimos donos da América equivale a fazer de cada um deles o proprietário de cinco milhões de metros quadrados de terra (mil e duzentos acres) - uma área superior ao que ele poderia já nem digo usar, mas simplesmente percorrer em muitas vidas que vivesse. E, para que os índios tivessem esse luxo inútil e obsceno, era preciso que dezenas de milhões de europeus morressem à míngua. Todo o movimento indigenista se baseia nessa lógica perversa.

2. Tidiane N´Diane, autor senegalês do livro "Genocídio Velado", aborda resumidamente um assunto que por motivos obscuros é desconhecido do público em geral: a escravatura praticada por muçulmanos na África é mais prolongada e brutal que a dos Europeus. Os impérios africanos e os traficantes muçulmanos escravizaram muito mais negros do que os europeus, e é por isso mesmo que seus descendentes hoje lançam a culpa de tudo na civilização européia. Ninguém é mais eloqüente na retórica indignada do que o criminoso que descarrega suas culpas sobre um bode expiatório. Quando pela primeira vez um europeu comprou um escravo na África, já fazia um milênio que os habitantes daquele continente eram aprisionados, escravizados, vendidos e capados pelos muçulmanos, e dois milênios pelas próprias tribos e nações negras. Durante todo esse período, jamais se revoltaram em massa e não consta sequer que a idéia de abolir a escravatura tenha passado pelas cabeças, seja dos senhores, seja dos próprios escravos. Trazidos para o Ocidente, ao fim de dois ou três séculos estavam todos libertos e a noção mesma da escravidão condenada como crime hediondo. Não mostram nenhum ressentimento contra seus antigos escravizadores negros e muçulmanos, mas um ódio crescente contra os brancos ocidentais, e a idéia de exterminar por completo a raça branca começa a parecer bem razoável a muitos intelectuais e líderes negros na América. Se não há algo de monstruosamente errado em tudo isso, não sei o que significa a palavra "errado".


3. Em qualquer momento, no período entre 1750 e 1930, se você pedisse a qualquer pessoa culta para descrever o objetivo da poesia, da arte e da música, ela diria: a ‘beleza’. E se você perguntasse qual a razão disso, aprenderia que a beleza é um valor tão importante quanto a verdade e a bondade. Até que, no século XX, a beleza deixou de ser importante. A arte, gradativamente, se enfocou em perturbar e quebrar tabus morais. Não era beleza, mas a originalidade — obtida da maneira que fosse e a qualquer custo moral — que ganhava prêmios. Não somente a arte prestou culto à feiura, como a arquitetura se tornou desalmada e estéril. E não somente nossos arredores físicos se tornaram feios: nossa linguagem, nossa música e nossas maneiras estão cada vez mais rudes, egoístas e ofensivas, como se a beleza e o bom gosto não tivessem um lugar real em nossas vidas. Uma palavra está escrita, em letras garrafais, em todas estas coisas feias, e essa palavra é: ‘Eu’. Meus lucros, meus desejos, meus prazeres. E a arte não tem nada a dizer em resposta, a não ser: ‘É isso aí! Vá em frente!’ Penso que estamos perdendo a beleza e, com isso, há o perigo de que percamos o sentido da vida.” Roger Scruton na introdução ao documentário “Why Beauty Matters” (Por que a Beleza Importa).

4. Uma civilização superior não é aquela que consegue destruir os seus inimigos, mas a que é capaz de absorvê-los e acomodá-los como partes dela. Vocês conseguem imaginar a civilização islâmica absorvendo e acomodando em si a ciência ocidental, a tecnologia ocidental, a literatura ocidental, a arte ocidental como os bárbaros europeus absorveram o legado grecolatino e asiático? Imaginam meninos muçulmanos lendo Rabelais, Flaubert e Henry Miller nas escolas? Imaginam multidões de senhoras de burca apreciando numa galeria as artes figurativas ocidentais, que sua religião proíbe? Imaginam um governo islâmico preservando os vitrais das catedrais góticas e o legado inteiro da arte sacra européia como valiosos patrimônios civilizacionais?

5. O professor de literatura Rodrigo Gurgel analisa o romance-panfleto Capitães da Areia, responsável, desde o lançamento em 1937, por criar revolucionários mirins Brasil afora. "Mas por que Jorge 'Repetidor' Amado encanta o leitor comum? Porque sua escrita é um pântano de sentimentalismo — como toda subliteratura, reduz a consciência aos desejos, subjuga a razão às emoções. Trata-se de um método para simplificar a realidade — e utilizar essas simplificações como forma de manipulação ideológica".

6. "Um dos períodos mais sombrios da história brasileira", o chavão mais usado para designar o período militar, é baseado na premissa monstruosa e desumana de que quatrocentos guerrilheiros mortos são mais dignos de pranto e homenagem do que setenta mil brasileiros assassinados por ano no período subsequente. O período mais sombrio da história brasileira foi, isto sim, a era tucanopetista. O tempo dos assassinos.

7. De um lado os pagadores de impostos, produtores e prestadores de serviços. De outro, um estamento burocrático caro e ineficiente. De um lado os cumpridores da Lei. De outro, aqueles que burlam a Lei: corruptos, criminosos, traficantes e homicidas. De um lado, aqueles que estudaram História e Economia e conhecem o caminho correto para ordem e prosperidade. De outro, aqueles que não estudaram História nem Economia e desconhecem o caminho correto para ordem e prosperidade. Dizem que não se trata de "Nós contra eles", mas é exatamente disso que se trata.

8. "'Se o Dalai Lama reencarnasse mulher, ela teria de ser muito bonita', brinca o Líder Budista tibetano”. E pronto... A histeria feminista já começou nas redes sociais: "Ele está condicionando o valor da mulher à sua beleza!”. "É um absurdo!”. "Objetificando a mulher!”. "A mulher não é só aparência não!". Meus amigos, se aparência não fosse relevante para as mulheres, os mercados femininos para estética, moda, cosméticos, saúde e fitness não movimentariam bilhões e bilhões de dólares. Até mesmo a mulher de aparência mais humilde sente prazer em se maquiar, em comprar uma roupa que lhe caia bem, em usar um acessório que combine... Sabem por quê? Porque beleza importa. A propósito, "As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado”. (Nelson Rodrigues)
Bernard Gontier
Enviado por Bernard Gontier em 24/07/2019
Reeditado em 19/02/2020
Código do texto: T6703659
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