Como compreender o pensamento formatado na perspectiva das ciências sociais.

Juízos de valor, são as representações ideológicas culturais, formatadas no desenvolvimento do sujeito cognitivo.

Juízos de fato, são as realidades fenomenológicas as quais precisam ser entendidas por meio do sujeito epistemológico.

A pergunta fundamental, é possível compreender uma determinada realidade fenomenológica sem recorrer aos juízos de valor.

A resposta naturalmente que não, pois há uma profunda relação dialética entre o sujeito da cognição e o objeto fenomenológico, ambos contaminados por diversidades culturais.

o sujeito cognitivo formatado na memória não consegue entender o objeto, desconsiderando a realidade empírica do sujeito construído ideologicamente.

Portanto, os valores culturais ideológicos, interpõem a análise cognitiva dos juízos de fatos.

Desse modo, não há compreensão objetiva da realidade fenomenológica, nesse aspecto, Foucault está exatamente correto.

Weber absolutamente errado, Frankfurt, referindo Habermas por um lado, por outro, Horkheimer e Adorno, não compreenderam tal análise subjetiva ideológica.

Todos os sujeitos trabalham na formatação de suas memórias os juízos de valor que são suas ideologias culturais.

Portanto, hermeneuticamente, do ponto de vista sintético, toda compreensão é pelo menos em parte a projeção dos juízos de valor.

Sendo assim, não é possível a construção da objetividade nos juízos de fato, o resultado de qualquer hermenêutica analítica, depende exatamente de suas valorações culturais.

Com efeito, não tem sentido defender o positivismo lógico, a ideia do positivismo como hermenêutica das ciências humanas, é em si, um equívoco epistemológico.

Em síntese, muito mais ideológico o positivismo, quanto mais procurar ser lógico, a questão essencial não está na linguagem, todavia, no modo, como é formatado a memória sapiens.

Dessa forma, não existe tal proposta epistemológica, o positivismo lógico é hermeneuticamente falso, da mesma forma que são formados os juízos de valor, como também os juízos de fato.

Os fatos fenomenológicos só existem em razão das formações culturais que determinam os juízos de fato, em consonância, o sujeito cognitivo epistemológico, sempre produzido pelos os juízos de valor.

Quando Weber entende que é possível o entendimento do objeto fenomenológico, objetivamente sem as valorações culturais, está exatamente negando a natureza das referidas formas de juízos.

Tanto o sujeito como o objeto, estão contaminados por ideologias culturais, são na verdade apenas projeções ideológicas subjetivas analíticas e culturais, sem objetividade.

Foi com essa compreensão que Foucault criou a nova razão, fundamentada na pós verdade, o mundo como entendimento subjetivo da realidade.

O positivismo é uma mera ilusão ideológica.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 31/05/2019
Reeditado em 31/05/2019
Código do texto: T6661714
Classificação de conteúdo: seguro