Quem é o filósofo para Deleuze.

Quem é o filósofo para Deleuze, tão somente um criador de conceitos, portanto, um formulador de etimologização.

Etimologizar para poder epistemologizar, o conceito sempre resulta de algum princípio, a filosofia é o ponto singular do conhecimento, desse modo, os conceitos articulados servem para poder sustentar as proposições.

Todo conceito remete alguma problematização, necessário saber articular as proposições.

Portanto, os conceitos representam os atos da interpretação, o entendimento singular do fenômeno observado, a oposição entre a singularidade e a universidade, o conhecimento não pode ser contemplativo metafísico.

Com efeito, o saber contemplativo é ilusório, a memória é uma maquina de ideologizar as hermenêuticas, não há fato fenomenológico sem os conceitos elaborados.

Entretanto, o conceito deturpa a realidade quem não entende tal formulação, desenvolve memória não bem epistemologizada.

Todavia, toda epistemologização resulta de complexidades de conceitos.

Portanto, uma subjetivação ideologizada, de tal modo, tudo que existe a respeito do entendimento não representa a verdade.

A verdade é um conceito inexistente, no entanto, todo conceito ou um conjunto de conceitos, servem a particularização do entendimento, sendo desse modo, a negação do saber cognitivo.

Então o que é a verdade apenas uma criação da imaginação representada, o conceito tem sempre a verdade que lhe convém, por ser criação ideológica cultural.

A filosofia tem a função de criar conceitos para entender hermeneuticamente a verdade, porém, toda formulação epistemológica, não representa a objetividade.

Pois não tem como encontrar a verdade, por nenhum dos cominhos, a representação é uma ilusão.

Motivo pelo qual discutir a filosofia como fundamento epistemológico da verdade, não se deve fazer isso, pelo fato da não existência da referida.

O que é estudar filosofia apenas mergulhar nos conceitos, trazer suas pertinências a novos contextos culturais, desse modo, consecutivamente.

Não é possível a adequação do pensamento ao verdadeiro, pois não existe o que é verdadeiro, a verdade é uma ilusão, a mais profunda alienação do espírito.

A única coisa importante é a pertinência dos interesses, a convocação dos referidos é a grandeza do fato fenomenológico, não tem como medir a fundamentação filosófica, exatamente por esse motivo que a filosofia é fundamental.

Se não discutimos na filosofia, como medir a grandeza de uma filosofia? Não é a precisão do conceito, uma espécie de adequação do pensamento a verdade

A construção do pensamento é possível, entretanto, jamais a sua adequação como representação da realidade.

Os conceitos são múltiplos, as verdades são diversas, devido as complexas epistemologizações. Com efeito, todo entendimento é uma espécie de hermeneutica negada.

A filosofia é ao mesmo tempo a criação do conceito e realidade não substanciada na forma do entendimento, a multiplicidade é irredutível ao próprio pensamento, portanto, o perpétuo movimento do caos.

Por outro lado, a tentativa de desfazer as mistificações, quando na verdade são substituídas inconscientemente, a filosofia quer superar tal acontecimento, o que é impossível.

Portanto, ao sairmos do caos, mergulhando no mesmo, sendo que o caos caotiza-se pela própria natureza da consciência epistemológica, desse modo, o conceito é o solo desértico da aprendizagem.

Não tem como as soluções serem habitadas na transcendência, os conceitos não adquirem consistência. Não é possível construir um império celeste cognitivo.

Tornar-se filósofo é perder na infinidade da incompreensão, assumindo o caos como realidade propícia e continua, a supremacia da filosofia é o entendimento do não saber.

O conceito é um composto de linhas de curvas na deformação do próprio entendimento, não tem como ser diferente, a epistemologia é sempre a soma de conceitos nômades no deserto, vagando na infinidade da evolução.

A sabedoria é a esquizofrenia substanciada no ser andarilho, a razão como adequação da inadequação, a identidade deturpada em benefício da ideologia.

A filosofia é a hesitação de uma terra que jamais poderá ser fértil, o que precisa ser o sujeito cognitivo, a desterritorialização do saber absoluto.

Criar-se um território é afundar na infinidade subjetiva, assentar se em conceitos é perder as condições criadoras, o que há é um assalto representado como saber absoluto.

Não há o que conhecer senão a própria relação singular do problema, a ideologizado como território.

A história não é a compreensão experimentada, apenas as condições negativas supostamente objetivadas, a realidade epistemológica condicionada, o inconsciente substancializado.

O que é a filosofia, todas essas posições refletidas, fruto dos conceitos criados.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 27/04/2019
Reeditado em 27/04/2019
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