Os olhares perplexos ao entendimento das sombras.
A única coisa realmente maluca é ser normal.
Viver a vida como se existisse sentido.
A realidade é uma grande ficção.
Buscar a certeza encontra-se com a solidão.
A loucura é a própria lucidez.
Portanto, o entendimento é o delírio.
Encontrar a sabedoria é perder-se na ignorância.
O melhor mesmo é saber o não saber.
Pois na prática não existem perguntas.
O mistério é óbvio das coisas.
A imagem que criamos corresponde a ilusão do que não vemos.
O que é a cegueira a hermenêutica dos significados definidos.
Com efeito, a dialética a afirmação da negação.
Portanto, o medo é a criação da liberdade presa ao espírito esquecido.
O que deve ser decifrado, a cognição não pensada.
A mudança a negação do futuro.
O passado o presente escondido.
Desse modo, qual o significado do insignificado, a própria sabedoria.
O que é o pensamento a ausência da compreensão fenomenológica.
A linguagem a manipulação da estrutura psíquica da memória.
Além do infinito a distância do infinitólogo.
Deus o inferno construído, como se fosse o paraíso.
O céu o mundo diabólico invertido.
Sorte então daqueles que não existiram.
A realidade é a bestialização da continuidade.
A existência do mesmo caminho.
O que devo dizer as vossas sombras, a dignificação da escuridão.
O silêncio profundo do próprio silêncio.
A escolha do tempo perdido.
O que preciso em síntese refletir a inexistência da compreensão.
Os últimos sinais o passamento das sombras.
O que é a fantasia a imbecilização da imaginação.
Edjar Dias de Vasconcelos.