O grande erro de Max Weber: A destruição epistemológica das ciências humanas.

Max Weber ao formular concepção científica da sociologia como ciência.

Destruiu as ciências humanas como um todo,

pelo fato de positivar sua análise sociológica, objetivando totalmente a linguagem gnosiológica.

Quando separa cognitivamente nas respostas analíticas os juízos de valor, com os juízos de fato.

Como se tal procedimento fosse possível, tal lógica cognitiva absolutamente ingênua, desclassificando o próprio autor como cientista social.

Weber defende a tese anti científica, a ciência social precisa ser inteiramente livre dos juízos de valor.

Como se fosse possível desenvolver uma análise cientifica sem as valorações culturais.

O grande erro do positivismo lógico, o qual faz parte da sociologia weberiana.

Não existe conhecimento puro, elaboração epistemológica desenvolvida por Kant, critica a razão pura.

Weber revela trabalhar a sociologia sem domínio pleno da filosofia.

Posteriormente, Foucault mostra que todo conhecimento do espírito é uma projeção subjetiva, parcial, cultural, histórica e ideológica do conhecimento.

Negando, a própria possibilidade do conhecimento científico na fenomenologia.

Todo saber é pelo menos em parte uma projeção ideológica da epistemologia.

Weber defende uma tese absurda sem caráter científico.

Como se fosse possível a formulação da sociologia sem fazer uso dos juízos de valor.

Axiologicamente, não é possível o conhecimento objetivo nas ciências do espírito.

Todo saber depende do paradigma escolhido, sendo o mesmo constantemente ideologizado por valores culturais.

Imaginar as ciências do espírito, como cognição objetiva é não entender por ausência cultural epistemológica.

Como se a memória estruturada a priori, não interferisse na construção do saber.

Weber não teve a referida percepção gnosiológica, como Kant, Nietzsche e Foucault.

Motivo pelo qual desenvolveu uma epistemologia do fracasso, como produto do liberalismo econômico, fruto da ética protestante, hoje aplicada como fundamento do neo liberalismo.

Portanto, a resposta científica de uma análise livre de juízos de valor, objetiva em si, simplesmente, delírio acadêmico.

Desse modo, posso classificar Weber, a sua filosofia lógica positivista, a negação absoluta do conhecimento subjetivo, como mera metafísica contemplativa.

Portanto, todo saber em referência as ciências do espírito é em si ideológico, por essa razão resultam as diversidades de hermenêuticas, cada uma delas em consonância com sua ideologização epistemológica.

A separação total e rigorosa, dos juízos de fato dos juízos de valor no processo da análise cognitiva dá a sociologia de Weber, o caráter romântico do cientificismo positivista.

Como se fosse possível a produção da verdade, como definiu Foucault a improcedência científica do positivismo como método analítico.

O que há mesmo são diversidades de interpretações, todas subjetivas, ideologizadas, não correspondentes aos objetos propostos.

A epistemologia se define como não produtora da verdade, Bachelard como físico descreve a ciência como produção do conhecimento aproximado.

Heisenberg construtor da física quântica o saber como incerto, Einstein a construção da física de partícula, o desenvolvimento da teoria como relatividade do conhecimento.

Portanto, se o conhecimento objetivo não é possível também nas ciências da natureza, muito menos nas ciências do espírito.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 31/03/2019
Reeditado em 31/03/2019
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