Como mudar o comportamento das pessoas por meio da Filosofia da mente, no uso da Psicologia.
Sou professor de Filosofia e Psicologia, disciplinas articuladas entre si.
A Psicologia procurar entender o funcionamento da mente, como a memória é formatada.
A Filosofia por meio da Fenomenologia ajuda no entendimento dos fenômenos psicológicos.
Lógico que as pessoas são produtos culturais, sociais, portanto, os cérebros são muito iguais em uma cultura.
Com efeito, a formatação cultural da memória é produto da realidade política e econômica, do meio complexo do qual o indivíduo faz parte.
Significando, que os cérebros têm ideologias em comuns, em consonância com os interesses particularizados e coletivos.
Do ponto de vista da neurociência, todo cérebro tem o mesmo mecanismo de funcionamento, as variáveis psicológicas são culturais e ideológicas e não biológicas.
Isso significa que quando constituída as memórias elas não mudam, de tal modo, se um cérebro é estruturado na marginalidade, o indivíduo será sempre marginal.
Pelo fato que o indivíduo não é apenas o indivíduo, o seu cérebro funciona por diversos princípios de identidades complexos entre si. Todavia, define por algum princípio de identidade.
Então quando o indivíduo é uma coisa, ele é exatamente essa coisa, ausência de caráter será sempre ausência de caráter.
Homo afetividade será sempre homo afetividade, do mesmo modo, alguém que tem ideologia de direita ou fé pentecostal, tudo é produção cultural.
A mudança só seria possível na reconstrução da memória, entretanto, para reconstruir a memória, necessário antes deletar a memória anterior.
Sendo assim, isso se faz pela Filosofia pelo fato da referida entender os fundamentos culturais.
Porém, para a reconstrução da memória, utiliza-se da Filosofia e da Psicologia.
Tudo fica mais fácil quando as pessoas são super inteligentes e cultas, com diversas memórias constituídas, cujo o cérebro funciona por meio de um mecanismo de comparação cultural mútuo.
Com algum logos de referência, porém, não sendo exatamente seu logos cultural.
Em síntese o cérebro comparativo não deixa uma memória sobrepor as demais, negando a princípio, qualquer identidade absoluta.
Desse modo, por comparações contínuas e diversas, reformula constantemente a memória negando qualquer princípio em sua identidade total.
Com efeito, tal mecanismo possibilita o homem mudar sempre de comportamento, pelo fato de não ter um princípio de memória único, como verdade, as memórias complexas e indefinidas em seu cogito.
Muito raro, alguma pessoa ter o cérebro funcionando com a referida lógica, não sendo assim, o cérebro uma vez formatado, não será mudado facilmente o comportamento social e psicológico.
Nesse sentido que as mudanças psicológicas só são possíveis, quando os cérebros são revolucionados em suas origens diversas, na constituição de cada essência cultural.
Dessa forma, seria possível a mudança da estrutura de identidade de uma memória formatada.
Entendo que a Filosofia da mente, no uso da psicologia, poderá ajudar a pessoa em novas definições de identidades.
O que é a lógica racional a não ser o convencimento ideológico cultural, a questão fundamental a ser considerada.
Edjar Dias de Vasconcelos.