A reforma da Previdência no Brasil, um mito a serviço do neoliberalismo.
Lógico que sou favorável a reforma da Previdência.
Todavia, não podemos engolir conto de vigário.
O problema da falência múltipla do Estado brasileiro não refere-se a previdência.
Todavia, apenas um dos aspectos, sendo que 8% do PIB gasto com a Previdência, direciona-se ao alto funcionalismo e não aos pobres.
O grande problema do Brasil são os juros da dívida interna, praticamente 60% do PIB, transferido gratuitamente para o sistema financeiro.
Desse modo, explica-se uma economia estagnada, o país caminha para o subdesenvolvimento social, comum a toda economia neoliberal.
Nenhuma nação desenvolvida evoluiu com a direita no poder, a direita é historicamente a tragédia do bem estar social.
Portanto, sua especialidade a produção da pobreza para os trabalhadores e a concentração da riqueza para a burguesia financeira.
Com efeito, fazer da Previdência um mito para o desenvolvimento do neoliberalismo no Brasil, um engodo.
A nova direita fará a mais cruel reforma previdenciária para a sociedade brasileira.
Entretanto, o país continuará no mesmo nível de estagnação.
A metáfora consiste nas seguintes proposições.
Um médico de formação inadequada, confunde gripe com pneumonia,
resolve tratar a gripe como se fosse pneumonia.
Resultado, o paciente com pneumonia morre, então o médico para se defender justifica, o quadro da gripe evoluiu para pneumonia.
A reforma da Previdência da forma que está sendo elaborada, não favorece ao desenvolvimento do Brasil, pois refere-se a gripe e não a pneumonia.
Tudo que é feito no Brasil objetiva possibilitar grandes lucros ao sistema financeiro.
No caso brasileiro o verdadeiro objetivo previdenciário, possibilitar aposentadoria privada, como é a saúde, a educação etc.
Nos países sociais liberais, de economia sólida, os juros são negativos, em média 0,2%.
Se a direita fosse patriota, o capitalismo financeiro teria que investir em produção.
Taxando os juros em 0,2% negativos, o Brasil transformaria em uma potência econômica.
O capital sairia da especulação e voltaria para a produção.
A respeito da reforma temos que fazê-la objetivando os grandes marajás do funcionalismo público.
Do mesmo modo, maior equalização salarial entre os funcionários públicos e a divisão da renda na iniciativa privada.
Portanto, um Brasil para todos.
Super tributação em grandes rendimentos, como são em países civilizados.
A nova direita brasileira está em direção contrária a própria civilização.
Se os brasileiros não acordarem, a gripe transformará em pneumonia.
Edjar Dias de Vasconcelos.