A Explicação do livro: A era dos Extremos.

Século XIX, um século de certezas, métodos dialéticos, a crença na ideologia socialista, por outro lado, no liberalismo econômico.

A ideologia no progresso técnico científico.

A expansão industrial, sentimentos nacionais.

A construção do socialismo como solução para todos os males do capitalismo.

Os filósofos estavam confiantes no poder da razão.

A superação da metafísica como alienação do espírito.

Todavia, nenhuma dessas certezas sobreviveu ao final do século XX.

Motivos quais nasceu A era das Incertezas, desse modo, definiu o novo momento histórico.

A importância da psicanalise com Freud, demostrando o mecanismo de funcionamento do inconsciente humano.

A razão não é absoluta, permanentemente engana-se, por outras palavras ideologiza-se.

Zeitgeist, espírito no mundo, Einstein formula os preceitos da relatividade, não existe de fato a objetividade.

Heisenberg elabora na física quântica o princípio da incerteza, a não possibilidade da verdade total.

Do mesmo modo, Bachelard físico e químico, a defesa da verdade como possiblidade aproximada.

Por Ultimo Foucault, a não existência da objetividade, o conhecimento, parcial, histórico, cultural, subjetivo e ideológico.

Nesse contexto que Hobsbawm escreveu seu magnifico livro, A era dos Extremos.

Uma história de ilusões perdidas, ideologias não epistemologizadas coerentemente.

A era dos Extremos, uma análise histórica em todos os aspectos de 1941 a 1991.

O autor divide o grande século em três momentos históricos.

De 1914 a 1945, a era da catástrofe, a luta entre as ideologias socialistas e o capitalismo.

Marxismo versus liberalismo econômico.

Fascismo e nazismo, duas grandes guerras mundiais em defesa do liberalismo econômico.

O segundo grande momento do século XX, denominado da Idade de Ouro de 1945-1973.

Momento em que começa construir o social liberalismo em parte da Europa.

Entretanto, o mundo continua dividido em grandes ideologias políticas.

Terceiro momento o desmoronamento 1971-1991, a queda do bloco socialista, o nascimento do neoliberalismo em lugar do socialismo, sendo que uma parte da Europa ordena-se na perspectiva do social liberalismo.

A catástrofe conflitos de interesses econômicos das grandes potências europeias, divisão de territórios, eliminação de monarquias ainda feudais como império Austro-húngaro.

Nos países capitalistas a intervenção estatal, o capitalismo sendo sustendo pela tutela do Estado.

As políticas “keynesianas” transformaram em lei, os países socialistas uniram com a URSS.

No capitalismo a industrialização, efetivou-se por meio do setor público, superando a visão clássica do liberalismo econômico.

No socialismo a industrialização apoiou-se no planejamento estatal, com a distribuição de renda, burocratização do Estado a partir da planificação das atividades econômicas.

Em certas sociedades capitalistas, foi possível o denominado Estado de Bem-Estar Social, sobretudo, no Norte da Europa e outras regiões.

Já as nações de economia do terceiro mundo, industrialização vindo de fora, denominado de desenvolvimentismo, a formação de uma pequena elite economica, o povo essencialmente pobre.

Do lado socialista, o Estado protetor, destruindo a iniciativa privada, período denominado “Idade de Ouro”.

O “Desmoronamento”, aconteceu com a destruição do sistema socialista na URSS.

Hobsbawm inicialmente é um historiador marxista, posteriormente, neomarxista, usa do materialismo histórico e dialético para entender a história, conforme o desenvolvimento de forças matérias e as relações de produção, refletindo as formas de Estado.

Em síntese o livro do historiador britânico é de grande relevância para a epistemologia do conhecimento histórico.

Formulou uma análise histórica dentro do neo-marxismo, importante para entender não apenas o século XX, todavia, o nascimento do século XXI.

Portanto, o novo grande conflito, estabelecido no mundo, a luta entre o neoliberalismo e ao social liberalismo, é desse modo, que deve ser entendido o mundo pós contemporâneo de Foucault.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 22/02/2019
Reeditado em 22/02/2019
Código do texto: T6581152
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