Teorias psicogenéticas em discussão: prova de mérito SP 2018
Livro formulado por um grupo de professores.
A psicologia cognitiva procura entender o desenvolvimento da evolução do pensamento, considerando os aspectos biológicos, afetivos e cognitivos.
A obra dividida em partes e subcapítulos refletindo a respeito de Piaget na visão de La Taille.
Vygotsky na ótica de Oliveira e Wallon, comentado por Dantas. Os fatores biológicos e sociais na linha do pensamento de Piaget.
A primeira parte reflete os fatores biológicos e sociais do desenvolvimento humano na epistemologia de Piaget, um diálogo a respeito da interação social.
Segunda parte trata-se da afetividade e cognição em Piaget, desenvolvimento do juízo moral.
Em relação a Vygotsky o debate refere a afetividade e a construção do sujeito na psicogenética.
A terceira, perguntas sobre a universalidade, à autonomia do sujeito.
A reflexão a respeito das interações sociais na obra de Jean Piaget, evidenciando que o mesmo não desprezou a importância dos fatores sociais no desenvolvimento da cognição.
O sujeito cognitivo avança qualitativamente interagindo dentro da sociedade na qual está inserido transformando o meio em que vive buscando o bem estar social, La Taille.
O sujeito evolui por meio das interações vividas no meio, respeitando as fases.
Sobre concepção de Vygotsky, Oliveira desenvolve uma discussão sobre o processo de formação de conceitos em relação os fatores biológicos e sociais no desenvolvimento do psicológico cognitivo.
As funções psicológicas são formatadas no contexto social em que vive.
A linguagem exerce o papel mediador entre o sujeito e o objeto de conhecimento.
Vygotsky na formação de conceitos o cérebro opera com a influência do meio, a cultura contribui para o processo de formação do fator biológico cognitivo do sujeito.
Em relação à Wallon, refere Dantas, ressaltando que a sua principal obra surgiu a partir de sua tese de doutorado, infância turbulenta, indivíduos 2 a 15 anos de idade, com profundas perturbações de comportamento.
Nesse trabalho o autor descreve etapas do desenvolvimento psicomotor, estágio impulsivo, emocional, sensório-motor e projetivo.
La Taille em relação a Piaget faz distinção entre a coação e a cooperação.
Na coação o individuo recebe a afirmativa do adulto como verdadeira sem refletir, sem socialização.
As relações de cooperação são as que permitem o desenvolvimento efetivo.
Para Wallon, a afetividade é o eixo central na construção do conhecimento, sendo o ato mental, o principal instrumento.
A respeito do desenvolvimento do juízo moral a afetividade na teoria de Piaget, o indivíduo descobre a referida no meio em que vive, assimilação.
Para Piaget, as vivências impõem regras, toda moral consiste num conjunto de normas a seguir.
La Taille classifica em três etapas de evolução da prática e da consciência: anomia: de 5 a 6 anos quando a criança não segue as regras coletivas.
Heteronomia: de 6 a 9 anos quando não compreende, mas procura seguir.
Autonomia: de 9 a 10 anos quando seguem as regras, compreendendo o acordo firmado coletivamente objetivando favorecer o bem comum.
No entanto, o dever moral acontece a partir das normas estabelecidas pelos pais e os adultos que vivem no seu dia a dia.
A criança desenvolve seus conhecimentos interagindo com o meio em que vive superando obstáculos conforme o grau de maturidade.
Entende-se que, para Vygotsky a consciência é formada através de sua participação no meio com base nas praticas sociais.
A linguagem facilita a integração social no processo de internalização.
O ser está continuamente em construção não podendo ser considerado um sujeito acabado.
Em síntese o livro retrata uma discussão sobre a psicologia genética, fundamental para refletir como ocorre o desenvolvimento cognitivo, indispensável ao ensino aprendizagem.
Autores: Yves La Taille, professor doutor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, na cadeira de Psicologia do Desenvolvimento.
Marta Kohl de Oliveira, da Universidade de São Paulo, rofessora doutorada Faculdade na cadeira de Psicologia da Educação.
Heloysa Dantas, professora doutora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, na área de Psicologia.
Edjar Dias de Vasconcelos.