Pena de morte como solução para criminalidade: tema de redação para o vestibular.

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A criminalidade, historicamente sempre foi um fenômeno político, econômico, portanto, social, em países em que o modelo político objetiva desenvolvimento econômico sem a distribuição da renda.

Países que defendem a equalização social não existe marginalidade.

O denominado modelo social liberal aplicado ao Norte da Europa, e em outras partes da Europa, Alemanha, França, Inglaterra, Portugal, como também, Canada, Australia, Japão e Coreia do Sul.

Portanto, o fenômeno da marginalidade é tipicamente de economias liberais e neoliberais, uma junção do capitalismo produtivo com o capitalismo rentista.

Com efeito, o fenômeno da marginalidade criminal é um subproduto do neoliberalismo, quem produz a marginalidade é o sistema político econômico, sendo assim é o Estado político que produz a marginalidade.

O homem precisa ser ressocializado, o unico modo de ressocializar o homem é criando um modelo político que objetiva desenvolvimento econômico com a renda distribuída, a pobreza consequentemente a marginalidade é o resultado de um Estado político anti social.

Desse modo, a pena de morte é absurda, porque camufla a verdadeira razão da criminalidade, usada sempre contra as pessoas pobres não integradas ao mundo produtivo.

O Estado quer matar o bandido que ele mesmo produziu, a questão fundamental está na transformação do modelo político econômico.

Fere a cláusula pétrea o direito alienável a vida, não é pelo fato que o cidadão praticou um crime, portanto, será tratado fora do direito constitucional.

A sentença executada se surgirem novas provas comprovando a inocência, não haverá como retroagir a referida.

A pena de morte sempre serviu para matar negros e pobres, portanto, cumpre a função social da eliminação dos que não estão integrados ao mercado de trabalho.

A pena de morte justifica a desigualdade social, não reduz a criminalidade, apenas o modo, que a sociedade rica tem para vingar daquele que não teve o privilégio de participar da riqueza produzida socialmente.

Sendo assim, a pena de morte é o ódio da elite contra os pobres, a vingança aos injustiçados.

A pena de morte mostra que o Estado não é capaz de regenerar o indivíduo, portanto, puni com a morte.

A pena de morte é cruel tira a vida antes de uma possível ressocialização, sendo a ressocialização o verdeiro objetivo da prisão.

A pena de morte é sempre uma ideologia fascista de direita, ligada ao nazismo, aos modelos extremistas, como também certas tendências religiosas.

O Estado em vez de cumprir seu papel do bem estar social, parte para a eliminação daqueles que foram excluídos pela a política econômica.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 30/07/2018
Reeditado em 30/07/2018
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