Vendo Diplomas
É isso mesmo que você está pensando. “Vendo”, do verbo VER. Não estou vendendo, mas bem que poderia. Afinal, todo mundo quer um diploma, pois ser diplomado dá um status, coloca você num pedestal de visibilidade bem distante dos mortais comuns. Você pode se tornar imortal, hum hum… ocupar uma Academia, se exibir por aí como um vampiro (eles não morrem), ser empossado em uma cadeira de um ilustre famoso(a) (???), até que chegue sua vez de “morrer” simbolicamente (imortal não é atingindo pela finitude da vida) e ser substituído(a) por alguém que está na fila rezando pra que você parta dessa para uma melhor (?)…
E “vendo”, também, medalhas. De honra ao mérito, de desonra ao demérito (risos), de prata, ouro, bronze, diamante, cristal… Amarradinha com cordão lavado nas águas de um rio sagrado, cordinha tecida por manetas, cordel fino, grosso, feito de qualquer material precioso ou, simplesmente, de palha de bananeira. Vai depender de quanto você está disposto(a) a colaborar. Quanto mais colaboração, maior o 'mérito', o destaque. E quanto maior o mérito, mais visibilidade em jornal, revista, site, blogue.
Na entrega, você tem jantares, hospedagens, vinhos finos, passeios por locais paradisíacos, tudo pago (pelo teu bolso), com direito a álbuns de fotos, clicks e mais clicks. E agora, com as redes sociais, invés de você comprar amigos para clicarem e dar 'likes' em seu(s) perfil(is), essas facilidades podem ser incluídas no pacote, para que você não canse o dedo ou o punho de tanto apertar o mouse.
Está aberta a temporada de homenagens. Não cessa nunca, aliás. Em qualquer época do ano, cidade, estado, até fora do país. Quanto mais você puder bancar, mais destaque, mais você aparece e mais diploma, e mais medalha, e mais troféu, e mais tudo!
Quem vende (agora, sim, do verbo vender), não tem culpa direta. Afinal, o assédio para adquirir visibilidade vem como enxurrada de todos os cantos, seja de escritores(as), músicos, atores(trizes), artistas em geral. E não se restringe à arte. Qualquer pessoa, por menos provida de dotes artísticos que seja, pode ser destacada numa capa de revista ou jornal, ser entrevistada em TV ou rádio, ou, ainda, em um show ao vivo, em praça pública. Afinal, aparecer é o verbo mais conjugado em nossos tempos.
Basta pagar e será recompensado(a) com uma placa comemorativa, de homenagem, um badulaque qualquer. Não se preocupe com feitos, com cansaço, com aulas, oficinas etc. Você não precisa fazer nada disso, não precisa colaborar em nada para construir uma sociedade mais justa, menos preconceituosa e criminosa.
E “vendo”, também, medalhas. De honra ao mérito, de desonra ao demérito (risos), de prata, ouro, bronze, diamante, cristal… Amarradinha com cordão lavado nas águas de um rio sagrado, cordinha tecida por manetas, cordel fino, grosso, feito de qualquer material precioso ou, simplesmente, de palha de bananeira. Vai depender de quanto você está disposto(a) a colaborar. Quanto mais colaboração, maior o 'mérito', o destaque. E quanto maior o mérito, mais visibilidade em jornal, revista, site, blogue.
Na entrega, você tem jantares, hospedagens, vinhos finos, passeios por locais paradisíacos, tudo pago (pelo teu bolso), com direito a álbuns de fotos, clicks e mais clicks. E agora, com as redes sociais, invés de você comprar amigos para clicarem e dar 'likes' em seu(s) perfil(is), essas facilidades podem ser incluídas no pacote, para que você não canse o dedo ou o punho de tanto apertar o mouse.
Está aberta a temporada de homenagens. Não cessa nunca, aliás. Em qualquer época do ano, cidade, estado, até fora do país. Quanto mais você puder bancar, mais destaque, mais você aparece e mais diploma, e mais medalha, e mais troféu, e mais tudo!
Quem vende (agora, sim, do verbo vender), não tem culpa direta. Afinal, o assédio para adquirir visibilidade vem como enxurrada de todos os cantos, seja de escritores(as), músicos, atores(trizes), artistas em geral. E não se restringe à arte. Qualquer pessoa, por menos provida de dotes artísticos que seja, pode ser destacada numa capa de revista ou jornal, ser entrevistada em TV ou rádio, ou, ainda, em um show ao vivo, em praça pública. Afinal, aparecer é o verbo mais conjugado em nossos tempos.
Basta pagar e será recompensado(a) com uma placa comemorativa, de homenagem, um badulaque qualquer. Não se preocupe com feitos, com cansaço, com aulas, oficinas etc. Você não precisa fazer nada disso, não precisa colaborar em nada para construir uma sociedade mais justa, menos preconceituosa e criminosa.